17/09/2021 - 21:40
Um estudo comparando as três vacinas contra covid-19 autorizadas nos Estados Unidos revela que a da biofarmacêutica Moderna é ligeiramente mais eficaz que as da Pfizer-BioNtech e Janssen (Johnson & Johnson), que ficou em terceiro, mas ainda fornece proteção de 71%.
Segundo a emissora americana CNN, o imunizante da Pfizer proporciona proteção de 88% contra hospitalização pela infecção do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o da Moderna chega a 93% de eficácia.
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A pesquisa foi conduzida pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA e envolveu mais de 3.600 adultos hospitalizados com covid-19 entre março e agosto deste ano. Ela foi publicada nesta sexta (17).
“Entre os adultos dos EUA sem condições imunossupressoras, a eficácia da vacina contra a hospitalização por covid-19 entre 11 de março e 15 de agosto de 2021 foi maior para a vacina Moderna (93%) do que a da Pfizer-BioNTech (88%) e Janssen (71 %)”, diz o relatório do CDC citado pela emissora.
De acordo com os pesquisadores, a diferença entre os imunizantes se deve a alguns fatores, como o maior conteúdo de RNAm na vacina Moderna, o tempo entre as doses (três semanas para Pfizer e quatro para Moderna), e possíveis variações nos grupos que receberam as vacinas.
“A eficácia da vacina Pfizer-BioNTech foi de 91% de 14 a 120 dias após o recebimento da segunda dose, mas diminuiu significativamente para 77% após 120 dias”, escreve a equipe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
Segundo a CNN, a formulação das doses da Pfizer e da Moderna, que usam material genético chamado RNA mensageiro, são ligeiramente diferentes. Já a vacina Janssen usa um vírus de resfriado inativado chamado adenovírus para transportar informações genéticas do coronavírus para nosso organismo.
“Uma única dose da vacina Janssen teve comparativamente menor resposta de anticorpos para SARS-CoV-2 e eficácia da vacina contra hospitalizações por covid-19. Compreender as diferenças das vacinas pode orientar as escolhas individuais e decisões políticas em relação a possíveis reforços”, revela o estudo recém-divulgado.
O CDC trabalhou com pesquisadores de todo o país para analisar 3.689 pacientes internados em 21 hospitais de 18 estados americanos. Eles também avaliaram anticorpos no sangue de 100 voluntários saudáveis que receberam uma das três vacinas disponíveis.
A emissora americana lembra que o estudo teve limitações. “A análise não considera crianças, adultos imunodeprimidos e a relação de eficácia da vacina contra covid-19 quando não houve hospitalização”, escreve a equipe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Além disso, os voluntários foram acompanhados por apenas 29 semanas – pouco mais de seis meses.