As vacinas de reforço atualizadas para combater a variante Ômicron da Covid-19 mostraram os mesmos resultados que a fórmula original, segundo dois novos estudos norte-americanos.

As pesquisas promovidas pela Universidade de Harvard e pela Universidade de Columbia apontaram que o nosso organismo consegue combater o vírus original, que surgiu em Wuhan, na China, após uma dose da vacina e que as doses de reforço ampliam essa defesa.

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As fórmulas originais da vacina também se mostraram eficazes no combate as variantes BA.4 e BA.5 da Ômicron, mas existia a expectativa que as doses de reforço atualizadas para combater as novas cepas proporcionassem uma proteção melhor e mais longa contra as novas formas do vírus.

Mas ao comparar as respostas imunológicas de pessoas que receberam uma dose de reforço da injeção original com pessoas que receberam os reforços bivalentes atualizados, elas pareciam iguais.

Segundo os pesquisadores, esse resultado pode ser resultado de um fenômeno chamado imprinting imunológico. Trata-se de uma resposta de “memória” do seu sistema imunológico, que trata o novo vírus como o primeiro que ele combateu tempos atrás. E isso pode ser um problema nos esforços para ficar à frente de novas variantes à medida que o coronavírus continua a evoluir, além de aumentar a necessidade de desenvolvimento de novas tecnologias de vacinas.

Estudos com grupos pequenos

Apesar de chamarem a atenção para a resposta imunológica das vacinas atualizadas, os dois estudos não são definitivos, já que observaram pequenos grupos de pessoas. A pesquisa de Harvard analisou 33 pessoas, sendo que 15 delas receberam o reforço original e 18 foram imunizadas com as injeções bivalentes.

Já o estudo de Columbia observou 40 pessoas, com 19 delas recebendo a quarta dose original, enquanto 21 receberam a quarta dose atualizada. Nos dois estudos foram analisadas as respostas imunológicas entre 3 e 5 semanas após a aplicação das doses.