A Vale informa que assinou um acordo com a Silver Wheaton (Caymans) Ltd., subsidiária da empresa canadense Silver Wheaton Corp, para vender adicionais 25% dos fluxos de ouro pagável produzidos como subproduto da mineração de cobre na mina de Salobo durante a vida útil da mina.

A transação envolve a compra de 25% do ouro pagável oriundo da mina de Salobo, no Brasil, até o fim da vida útil da mina. A Vale e a Silver Wheaton assinaram um aditivo ao acordo original de compra de ouro, datado de fevereiro de 2013, para abranger a compra do fluxo adicional de 25% de ouro pagável.

A Vale receberá um pagamento inicial em dinheiro no valor de US$ 900 milhões, e pagamentos futuros em dinheiro por onça (oz) de ouro entregue à Silver Wheaton baseado no menor valor entre US$ 400 por onça e o preço de mercado. Ainda conforme o fato relevante, esse valor será atualizado anualmente a 1% a partir de 2017.

A mineradora brasileira poderá também receber um pagamento adicional em dinheiro, dependendo de sua decisão de expandir a capacidade de processamento do minério de cobre de Salobo para mais de 28 Mtpa (milhões de toneladas métricas por ano) antes de 2036.

De acordo com a Vale, Salobo I e Salobo II, no Pará, que estão em processo de ramp-up (maturação), terão capacidade de processamento total de 24 Mtpa de run-of-mine (ROM, produção bruta). “Esse montante adicional poderá variar entre US$ 88 milhões e US$ 720 milhões dependendo do tempo e tamanho da expansão”, diz a mineradora. “Não há comprometimento firme da Vale em relação às quantidades de ouro entregues”, acrescenta.

O comunicado da Vale diz também que a Silver Wheaton tem direito a um porcentual do ouro produzido como subproduto de Salobo, e não a volumes específicos, “assumindo, em parte, o risco operacional do negócio”.

“Com respeito ao risco associado à volatilidade de preços, a Vale está sujeita ao risco da variação do preço do ouro nas entregas à Silver Wheaton somente quando o preço do metal estiver abaixo de US$ 400/oz”, diz. “A transação libera valor contido em nossas operações de metais básicos e está consistente com a estratégia da Vale de criação de valor ao acionista.”