03/03/2017 - 13:15
No primeiro dia de entrega do Imposto de Renda à Receita Federal nesta quinta-feira, 2, muitos contribuintes tinham dúvidas se valia a pena antecipar a restituição proposta pelos bancos.
Para o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeira (Abefin), Reinaldo Rodrigues, a antecipação pode ser uma boa oportunidade se o contribuinte estiver endividado no rotativo do cartão de crédito, no cheque especial ou algum outro tipo de empréstimo bancário com taxas de juros elevadas.
“A conta que precisa ser feita é quanto você pagará de juros ao trocar uma dívida por outra. No caso da restituição oferecida pelos bancos há, em média, uma economia de até 60% na taxa quando comparada com o crédito rotativo do cartão de crédito ou do cheque especial, dependendo do caso”, afirma Reinaldo Rodrigues.
Rodrigues explica que, ao contratar a antencipação do Imposto de Renda, o contribuinte pagará em torno de 3,5% a 4,5% ao mês de juros pelo empréstimo, que será quitado até dezembro, data prevista para o último lote de restituição.
“A taxa cobrada no crédito rotativo ou especial, dependendo do banco, pode ser de três a quatro vez mais salgada do que isto”, diz Rodrigues. “Mas ainda assim é importante fazer uma boa pesquisa entre as instituições financeiras, uma vez que a concorrência é alta, fazendo com que as taxas cobradas variem muito.”
Para o presidente da Abefin é preciso outro cuidado, além da pesquisa pela melhor taxa de juros: a certeza de que a declaração entregue está inteiramente correta. Isto porque o contribuinte pode cair na malha fina e ter que arcar com o empréstimo do próprio bolso. “Por esta razão, o contribuinte também deve prestar muita atenção na hora de preencher, pois se não colocar todos os dados corretamente pode acabar perdendo dinheiro de dedução.”
Rodrigues diz ainda que o mais importante é se reeducar financeiramente. “De nada adianta conseguir a atencipação do IR e gastar, se endividando mais ainda.”
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