A Vale assinou com a Silver Wheaton acordo adicional de 25% do fluxo de ouro na mina Salobo. Há pouco, a companhia informou que fechou com a canadense aditivo ao contrato original, que é de 2013, para vender essa fatia adicional do prêmio dos fluxos de ouro pagável contido no concentrado de cobre produzido na mina do Pará durante sua vida útil, alcançando 75%.

A Vale receberá um pagamento inicial em dinheiro de US$ 800 milhões; US$ 23 milhões em valor de opções (pela redução do preço de exercício de US$ 65,00 para US$ 43,75 sobre os 10 milhões de warrants da SLW detidos desde 2013, com vencimento em 2023); e pagamentos futuros em dinheiro por cada onça de ouro entregue à Silver Wheaton. Nesse caso, será o menor valor entre US$ 400 por onça (atualizado anualmente a 1% a partir de 2019) e o preço de mercado. Os recursos serão usados para reduzir seu endividamento.

A mineradora brasileira explica ainda que poderá receber um pagamento adicional em dinheiro, dependendo de sua decisão de expandir a capacidade de processamento do minério de cobre de Salobo acima de 28 Mtpa antes de 2036. “Salobo I e Salobo II, que estão em ramp-up, terão capacidade de processamento total de 24 Mtpa de run-of-mine (ROM). Esse valor contingente adicional poderá variar entre US$ 113 milhões e US$ 953 milhões, dependendo do teor de minério, tempo e tamanho da expansão”, como consta no fato relevante.

A Vale, porém, ressalta que não há comprometimento firme em relação às quantidades entregues. A Silver Wheaton tem direito a um porcentual no prêmio do ouro contido no concentrado de cobre produzido na mina de Salobo, e não a volumes específicos, conforme o comunicado, “assumindo o risco operacional do negócio no downside e no upside”.

A companhia lembra ainda que está sujeita ao risco da variação do preço de ouro nas entregas à Silver Wheaton somente quando a cotação de mercado estiver abaixo de US$ 400/oz.