As floriculturas descobriram mais uma data para impulsionar as vendas: 14 de fevereiro. Em muitos países, especialmente nos Estados Unidos, o dia de São Valentim (lá conhecido como Valentine’s Day) equivale ao nosso Dia dos Namorados, aqui celebrado em 12 de junho. A diferença nos calendários se explica: o publicitário João Doria, pai do atual governador de São Paulo, lançou a data para aquecer as vendas do comércio, que eram fracas no mês de junho. Escolheu para o Dia dos Namorados a véspera dos festejos de Santo Antônio, conhecido como casamenteiro.

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Já São Valentim, que foi preso e decapitado no ano 270, ainda no Império Romano, ficou conhecido como o Santo do Amor depois de ter se negado a seguir uma ordem do imperador Cláudio II, que proibira o casamento por acreditar que soldados solteiros eram melhores no campo de batalha. Nos últimos anos, assim como ocorreu com o Dia das Bruxas e com a Black Friday, o comércio brasileiro passou a incentivar a comemoração do Valentine’s Day como forma de promover as vendas de presentes, sobretudo entre casais. E a cadeia produtiva de flores é a que mais se beneficia dessa redescoberta da data. “As flores representam 36% do total das vendas”, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Kess Schoenmaker.

O balanço anual realizado pelo Ibraflor apontou que em 2020 o mercado de flores brasileiro movimentou aproximadamente R$ 9,6 bilhões. A instituição estima um crescimento médio de 15% em 2021. Com cerca de 400 produtores associados, a Cooperativa Veiling Holambra, maior do País, é uma das muitas empresas que perceberam a adesão dos brasileiros ao hábito de presentear com flores no dia de São Valentim. A cooperativa, que funciona na cidade de imigração holandesa no interior paulista, criou até uma campanha para valorizar a data. E passou a divulgar em suas redes sociais o Valentine’s Day como “Dia do Amor”.