Com a elevação da taxa Selic para 13,25% em ajuste feito pelo Banco Central na quarta-feira (15), os desdobramentos da medida já começam a ser sentidos, como o encarecimento do financiamento imobiliário.

De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, a elevação na taxa básica promoveu um aumento nos custos totais dos financiamentos, que agora cobram em média 9,8% ao ano dos contratantes – era de 7% em 2020, quando a Selic estava em 2%. Usando como exemplo um imóvel de R$ 250 mil, essa alteração no custo efetivo total (CET) significa uma diferença de R$ 68 mil em juros.

+ Mercado eleva projeção da Selic para 13,75%

Com imóveis nos valores de R$ 500 mil e R$ 1 milhão, a diferença por conta do aumento da taxa de juros chega a R$ 137 mil e R$ 300 mil respectivamente. Dessa maneira, o sonho da casa própria está 20% mais caro do que era em meados de 2020.

Momento desfavorável para financiamento

Para Carlos Castro, planejador financeiro da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), o momento é desfavorável para financiar imóveis. De acordo com o Boletim Focus mais recente (abril de 2022) a expectativa é de que a taxa comece a cair a partir de 2024.

“Com a Selic caindo, o financiamento ficará mais barato. Além disso, o interessado poderia aproveitar esses dois anos para aumentar o valor de reserva. Se a pessoa não tem urgência na compra, a recomendação é deixar o juro trabalhar a favor da reserva, isto é, aplicar o valor na renda fixa para daqui a dois anos ter um montante maior de entrada.” disse Castro ao jornal.