O valor médio da tarifa área de voos nacionais aumentou 1,5% no primeiro semestre de 2018, em comparação ao mesmo período do ano passado, ajustado em R$ R$ 342,94. Porém, em relação ao segundo trimestre de 2017 e 2018, o preço retraiu 3,9%, fechado em R$ 321,78.

Os dados correspondem ao último levantamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), divulgado nesta terça-feira (10). O valor da tarifa aérea registrado pelo órgão corresponde à remuneração dos serviços de transporte aéreo público e não contempla o valor da tarifa de embarque, serviços opcionais e promoções.

A Azul é a companhia – entre as quatro que detém 99,6% do mercado nacional -, com a tarifa mais elevada. Neste ano, o preço médio ficou em R$ 422,56. A Latam registrou a menor tarifa, com R$ 294,33. A Gol tem média de R$ 321,85 e Avianca de R$ 347,01.

Em nota, a Azul justifica o valor pela abertura anual de novas bases e afirma ser a companhia com maior número de destinos nacionais. “Em relação à política tarifária, em geral, os preços variam de acordo com alguns fatores importantes como trecho, sazonalidade, combustível (preço do petróleo), câmbio e infraestrutura aeroportuária”, afirma.

A Azul também foi a que apresentou a maior variação na tarifa em comparação ao último ano, de 8,5%. A Avianca teve aumento de 0,8% e Latam de 0,5%. A Gol foi a única com redução, retraindo o valor em 2,6%.

Alta do dólar e greve dos caminhoneiros

Segundo a Anac, o aumento na média de 2018 em comparação ao ano passado está relacionado a uma junção de fatores, como alta do dólar e a paralisação dos caminhoneiros.

A taxa de câmbio do real frente ao dólar no 2º trimestre de 2018 teve alta de 12,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A moeda americana tem forte influência nos custos com combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves, que, em conjunto, representaram cerca de 48% dos custos e despesas dos serviços aéreos no trimestre.

Demanda e oferta

Mesmo com a média, a comrcialização de passagens abaixo de 300 corresponde mais da metade das vendas, somando 55,7% do total. Segundo o estudo, 8% das tarifas foram abaixo de R$ 100 e apenas 0,6% ultrapassam R$ 1,5 mil.

A demanda por transporte aéreo doméstico, medida em passageiros quilômetros pagos transportados (RPK), apresentou alta de 5,1% no 2º trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

A oferta doméstica, medida em assentos quilômetros ofertados (ASK), cresceu 6,3% no trimestre frente ao mesmo período de 2017. A taxa de aproveitamento dos assentos das aeronaves em voos domésticos teve oscilação negativa de 1,2% no trimestre, ficando em 78,4%.