08/01/2019 - 13:06
O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, voltou a dizer que será preciso “reformar, repensar” o balanço da instituição de fomento, aumentando a independência financeira em relação ao Tesouro Nacional.
“Vamos ter que reformar, repensar o nosso balanço. Temos que usar nossa fortaleza financeira, nossos ativos, de maneira mais inteligente”, afirmou Levy, em discurso na cerimônia de transmissão do cargo, na sede do BNDES, no Rio.
Segundo Levy, usar o ativo de maneira mais inteligente inclui “juntar forças” com o setor privado. O novo presidente do BNDES citou o desenvolvimento de garantias, mas não detalhou propostas de como usar melhor os ativos. Destacou, porém, que eventuais medidas serão negociadas previamente com os órgãos de controle.
“Na medida em que o banco vá tomar mais risco, é preciso que isso esteja bem definido”, disse Levy, que citou que o BNDES vem fazendo um “realinhamento” de suas taxas, em relação aos juros de mercado, desde 2015, quando ele foi ministro da Fazenda, no segundo governo Dilma Rousseff.
Ainda segundo Levy, o BNDES continuará contribuindo para o País, obtendo “a lucratividade necessária”. “Quando nos aproximamos de um momento de recuperação da economia, em que vamos ter retomada cíclica, o banco vai estar preparado, vai ter os instrumentos necessários”, afirmou Levy.
O novo presidente do BNDES citou ainda a importância de o banco de fomento atuar em conjunto com os governos locais, estaduais e municipais. Segundo Levy, isso é importante para melhorar o ambiente de negócios no País como um todo. “A parceria com todos os governos subnacionais do País é parte essencial de nossa atividade”, disse Levy.