O varejo teve queda de 0,3% no volume de vendas em maio, no comparativo com o mês anterior. O dado é da 17ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que apresenta dados mensais da movimentação varejista no País, feito em parceria com o Instituto Propague.

Entre os seis segmentos analisados, apenas um registrou alta mensal: o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e fumo, com crescimento de 5,6%. Em contrapartida, os outros cinco apresentaram queda, liderados por materiais de construção, com recuo de 6,2%, seguido por artigos farmacêuticos (-4,3%), móveis e eletrodomésticos (-2,2%), tecidos vestuários e calçados (-1,9%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%).

“Diante desses resultados, sobretudo no comparativo mensal, o viés de baixa se torna mais claro no nosso relatório, com o terceiro mês consecutivo de pequenas quedas. Mesmo assim, quando olhamos para o cenário regional e segmentado, com resultados oscilando entre altas e baixas nos últimos meses, há maior incerteza nesta trajetória. Portanto, o panorama geral segue sem tendência clara”, explica o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli.

Nos dados estaduais, por sua vez, dezesseis estados se destacam com resultados positivos no mês, no comparativo ano contra ano: Maranhão (5,8%), Amazonas (5,0%), Mato Grosso do Sul (4,8%), Pará (4,7%), Roraima (4,3%), Piauí (3,6%), Goiás (2,5%), Minas Gerais (1,7%), Rio Grande do Norte (1,6%), Pernambuco (1,5%), São Paulo (1,0%), Paraíba (1,0%), Mato Grosso (0,9%), Distrito Federal (0,8%), Acre (0,4%) e Ceará (0,2%). O Distrito Federal também apresentou alta (0,8%), enquanto a Bahia permaneceu estável (0,0%).

Os outros 10 estados apresentaram baixas: Rondônia (-12,2%), Alagoas (-4,9%), Amapá (-4,2%), Espírito Santo (-2,0%), Tocantins (-1,8%), Rio Grande do Sul (-1,1%), Paraná (-0,7%), Sergipe (-0,5%), Santa Catarina (-0,3%) e Rio de Janeiro (-0,1%).

Entre os resultados negativos, o pesquisador da Stone explica os impactos na região Sul, que apresentou baixa no volume de vendas. “No estado do Rio Grande do Sul, apesar da catástrofe das enchentes, notamos uma queda de apenas 1,1%, em maio. Este movimento é explicado pelo peso alto de segmentos de necessidade básica dentro do estado, como Produtos Alimentícios e Artigos Farmacêuticos’, que após o choque do mês anterior, apresentaram forte alta durante o mês e sustentaram o resultado do comércio do estado. Não obstante, é importante notar que isso se refere ao recorte de comércio restrito do índice e não representa a situação do estado como um todo. Outros setores, como serviços, por exemplo, foram afetados de forma expressivamente diferente”, afirmou.

No índice, são consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo.