18/08/2021 - 1:42
A variante Delta é a grande preocupação da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de pelo menos 25 países do mundo, onde a cepa já é predominante entre os infectados pela covid-19. No Brasil, o número de casos de doentes com o vírus que surgiu na Índia não para de crescer. Porém, a Gama, variante que apareceu pela primeira vez no Amazonas, continua sendo predominante no país.
No Brasil, a variante predominante segue sendo a gama (P.1). Não há dúvidas sobre o avanço da delta no Brasil, mas especialistas apontam que esse dados ainda precisam ser analisados com cautela. Apesar do número de casos estar subindo, ainda não há um surto da variante, como ocorreu em outros países.
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Dados da Rede Genômica da Fiocruz apontam que, entre os sequenciamentos de amostras feitas pelo sistema no país, a delta corresponde a 22,1% dos casos sequenciados em julho (mais do que 1 em cada 5 casos). Em junho, o total era de 2,3%. Entretanto, o total de sequenciamentos é desigual no Brasil. Enquanto, por exemplo, São Paulo fez mais de 10 mil, o Piauí analisou apenas 19.
Segundo o Ministério da Saúde, 41 óbitos foram confirmados para a delta e 1.020 casos da variante foram identificados e notificados no país até o dia 16 de agosto.
O último relatório da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, publicado na segunda-feira (16), apontou que a delta já é a variante mais encontrada nas amostras coletadas do estado. Segundo o órgão, a delta está substituindo a gama no Rio.
Já a prefeitura de São Paulo concluiu que, dos 40 casos analisados na cidade, apenas três pessoas estavam com a imunização completa. Os dados foram divulgados na semana passada.
A delta foi identificada pela primeira vez na Índia, em outubro do ano passado. Em junho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta importante: a variante tem se tornado dominante em todo o mundo, muito por conta da sua transmissibilidade. De acordo com o último boletim epidemiológico da entidade, divulgado no dia 11 de agosto, 142 países já identificaram a circulação da delta.
No entanto, apesar de ser mais transmissível (assim como as outras variantes que surgiram), ainda não há como afirmar que ela também é mais letal.
Sobre os sintomas, especialistas explicam que eles podem ser confundidos com os da gripe. Tanto a gripe quanto a fase inicial de infecção pela variante delta podem estar associadas aos seguintes sintomas: dor de cabeça, mal estar, coriza, dor de garganta e febre.