Por Catarina Demony e Sarah Young

LISBOA/LONDRES (Reuters) – Embora não seja um fiasco total, a temporada turística de verão, vital para algumas economias do sul da Europa, será menos do que empolgante, já que o coronavírus Delta está se disseminando e restrições de viagem mantêm britânicos e outros veranistas em casa.

Um certificado de viagem de Covid-19 da União Europeia lançado nesta quinta-feira pode ajudar alguns a passear, mas as chegadas a pontos turísticos que vão de Portugal à Croácia devem continuar bem abaixo dos níveis normais, colocando negócios e empregos do setor de hospitalidade em risco.

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“A recuperação do turismo em Portugal empacou”, disse Raul Martins, chefe da associação hoteleira AHP a respeito das novas restrições de viagem do Reino Unido e da Alemanha, normalmente mercados lucrativos para as praias, restaurantes e clubes portugueses.

Em rápida disseminação, a variante Delta do coronavírus está impulsionando um aumento de casos em Albufeira, ímã turístico do Algarve, e é culpada de mais da metade das infecções novas na capital Lisboa.

Some-se a isso a decisão britânica do mês passado de tirar Portugal de sua “lista verde” de destinos e a medida alemã de limitar as viagens ao país ibérico pouco antes da adoção dos certificados da UE, que comprovam a vacinação dupla dos turistas.

Mesmo antes da decisão da Alemanha e de uma regra portuguesa recente para sujeitar viajantes não-vacinados do Reino Unido a quarentenas, os hotéis de Portugal previam taxas de ocupação de somente 43% neste mês e 46% em agosto.

(Reportagem adicional de Dan Burns em Washington; Phil Blenkinsop em Bruxelas; Angeliki Koutantou, George Georgiopoulos e Lefteris Papadimas em Atenas; Sarah Young em Londres; Belen Carreno e Inti Landauro em Madri; Catarina Demony em Lisboa; Emma Thomasson e Ilona Wissenbach em Berlim; Stephanie Nebehay em Genebra)

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