06/08/2022 - 7:01
Em São Paulo, já há festas de sexo que suspenderam as próximas datas até que haja vacina disponível (o governo prevê receber o primeiro lote de aproximadamente 20 mil doses em setembro). A Brutus, que ocorre mensalmente na Casa da Luz, no centro, anunciou que a próxima edição do dia 13 será com “redução de riscos” e “posição política”.
O dark room, ambiente escuro onde os frequentadores fazem sexo, estará fechado. As paredes do estabelecimento estarão cobertas com informações sobre a varíola. Nas redes sociais, a organização pediu que quem se sentir mal, com febre ou tiver lesões não compareça.
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“Precisamos trabalhar, é parte do nosso sustento. Ninguém na comunidade LGBT+ deve abdicar da vida por conta disso. É preciso se cuidar, se preservar, evitar contato, mas isso também não acontece só nas nossas festas”, aponta o produtor da Brutus Alexandre Bispo, de 48 anos. “Não podemos assumir que somos o problema desse contágio porque em breve vai estar entre todo mundo.” Ele dá quase como certa a queda no número de frequentadores.
SAUNA
No Largo do Arouche, também na região central, o Hotel Chilli, que funciona como hospedagem curta para homens solteiros e oferece sauna, cinema, bar e pista de dança, com sexo liberado em todas essas áreas, o funcionamento continuará o mesmo. “Não existe medicação, não é fácil, mas também não é esse grande desespero”, opina o dono, Douglas Drummond.
Ele lembra que, diferentemente do início da pandemia de coronavírus, ainda não foram estabelecidos protocolos sanitários do poder público para espaços como o Hotel Chilli, saunas ou festas. “Não dá pra adivinhar o que eu preciso fazer. A partir do momento em que isso for indicado, não tem o que pensar. Saúde pública é saúde pública”, afirma.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis)/aids, realizou ontem uma reunião com empresários do setor de entretenimento sobre a monkeypox (varíola dos macacos).
De acordo com a pasta, o encontro “teve o objetivo de orientar os profissionais para que adotem medidas de cuidado, prevenção, transmissão, além de prestar esclarecimentos sobre o processo de notificação e isolamento”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.