04/08/2022 - 4:40
No último sábado, o médico espanhol Arturo Henriques, viralizou após uma publicação no Twitter, na qual ele denunciava a presença de um passageiro com sinais de varíola dos macacos no metrô de Madri. Segundo seu relato, ele chegou a questionar o passageiro sobre a infecção, que teria respondido: “Eu tenho isso, mas minha médica não me disse que eu tinha que ficar em casa. Basta usar uma máscara”.
Entretanto, essa semana, o protagonista da fotografia compartilhada por Henriques, em conjunto com o relato, negou que sofra da doença e desmentiu a história contada pelo médico, segundo informações publicadas pelo jornal espanhol 20minutos.
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O homem, que se identificou apenas como M.A.R.M., negou categoricamente que essa conversa tenha acontecido e compartilhou que tem neurofibromatose, uma doença que o acompanha desde o nascimento e que causa lesões em suas extremidades.
Segundo o 20minutos, é comum o homem ter seu estado de saúde questionado por outros passageiros no metrô. Quando isso acontece, ele explica seu diagnóstico, que causa o crescimento de tumores nos nervos e que não é contagioso. “Por isso, posso dizer que nunca falei com esse suposto médico”, defende-se.
Ainda segundo M.A.R.M, ele pega o primeiro metrô saindo de Villaverde Alto e está sempre sentado, o que significa que seria “impossível” Henriques ter tirado uma foto sua em pé no metrô, às 6h20. Por fim, o homem se define como uma pessoa muito cuidadosa, que usa todos os equipamentos de proteção necessários e recebeu todas as vacinas para evitar infectar a si mesmo e a outras pessoas com coronavírus.
Após a divulgação da versão do passageiro, Arturo Henriques restringiu o acesso às suas publicações no Twitter. Anteriormente, o conteúdo era aberto. Foi por lá que ele compartilhou a história, a suposta conversa com M.A.R.M e alertou que o uso de máscaras não seria suficiente para proteger contra a transmissão da doença, já que a varíola dos macacos é diferente da Covid.
A monkeypox é transmitida por secreções. Isso ocorre em especial pelo contato com lesões da pele. Por isso, o caso gerou repercussão em diversos países, incluindo o Brasil.