A prefeitura de São Paulo, por meio do comitê técnico operacional para o enfrentamento da varíola dos macacos, divulgou nesta quinta-feira, 25, um documento com medidas sanitárias para prevenção e controle da doença nas escolas. A ação foi feita em conjunto com a Secretaria Municipal da Educação (SME).

O documento apresenta tanto recomendações específicas para cada ensino, como orientações mais gerais. Orientações de como os professores e profissionais da área devem agir também constam no conteúdo informativo da gestão municipal.

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Para a educação infantil, por exemplo, o comitê orienta que as crianças sejam divididas e fixadas em grupos ou turmas; que os acima de 2 anos usem máscara facial durante a permanência na unidade e no transporte escolar; e que os pequenos não compartilhem objetos pessoais (canetas, lápis, celulares etc.) sem higienização prévia.

Para os professores e demais profissionais da educação, o comitê sugere que realizem uma busca ativa de suspeitos entre os alunos, verificando a presença de sintomas e sinais entre os estudantes. Se for identificado, é necessário acionar os pais ou responsáveis para irem à escola e encaminharem a criança ou o adolescente a uma unidade de saúde.

Outra recomendação é o desenvolvimento de uma comunicação focada sobre a doença no contexto escolar, que pode ser colocada em prática com a reprodução de materiais educativos em salas de aula destinados aos pais e estudantes, e a exposição de cartazes com informações sobre higienização. A capacitação de professores em relação às ações das medidas necessárias para a prevenção ao contágio também é uma orientação da gestão municipal.

Em casos suspeitos, o comitê afirma que todas as pessoas que apresentarem sinais ou sintomas para a varíola dos macacos devem procurar o serviço de saúde para avaliação e confirmação por meio de diagnóstico. Os sintomas mais comuns da doença são lesões na pele associadas ou não a febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas.

Se os exames confirmarem a infecção, tanto para estudante ou profissional da educação, a recomendação é que o paciente se isole por 21 dias ou até o momento em que as erupções cutâneas desapareçam. Após os 21 dias isolado, o retorno às atividades escolares deve ser feito mediante nova avaliação médica.

Na última quarta-feira, 24, a Prefeitura da capital divulgou orientações para a prevenção da varíola dos macacos em ambientes de trabalho e em estabelecimentos de prestação de serviços, como restaurantes, bares, academia, salões de beleza e hotéis. As medidas são semelhantes às adotadas para a prevenção contra a covid-19.

Em casos confirmados, é recomendado que o paciente fique em isolamento por 21 dias ou até que as erupções cutâneas tenham desaparecido, ou seja, até que todas as crostas tenham caído e uma nova camada de pele intacta tenha se formado.

A cidade de São Paulo soma, até o momento, 1.964 casos de varíola dos macacos de acordo com o Boletim Varíola Símia da Secretaria Municipal de Saúde. Os dados da capital paulista representam 47,3% dos diagnósticos da monkeypox no País. Até esta quinta-feira, o Brasil havia registrado 4.144 infectados e uma morte em virtude da varíola dos macacos.