09/02/2025 - 19:33
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão ambiental vinculado ao governo do Estado do Rio de Janeiro, identificou resíduos oleosos na Baía de Guanabara após um incêndio de grandes proporções ter atingido uma fábrica de óleo lubrificantes da empresa Moove, no sábado, 8. A planta está situada na Ilha do Governador, às margens da baía.
Segundo informou em nota o Inea, equipes do setor de emergências monitoram neste domingo, 9, o espelho d’água no entorno da fábrica e estão “atuando na contenção e recolhimento do resíduo, mantendo o cerco instalado para que não haja a dispersão para outras áreas”.
Segundo o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, a resposta rápida foi essencial para que as manchas de óleo não atingissem uma área grande da baía.
O órgão afirma ter tomado medidas de prevenção no sábado ao acionar Plano de Área da Baía de Guanabara junto à Capitania dos Portos. O plano é uma resposta ao derramamento de óleo e derivados na região, com participação de órgãos públicos e empresas.
O Inea afirma também estar monitorando os efeitos na atmosfera por meio da estação automática de qualidade do ar que tem instalada na Ilha do Governador e que “aplicará as sanções cabíveis” de acordo com os resultados que forem apurados.
Uma força-tarefa montada pelo Governo do Estado e coordenada pela Defesa Civil do RJ acompanha os trabalhos.
Rescaldo e monitoramento ambiental
O incêndio foi extinto na madrugada pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, após 18 horas de trabalho. A fase de rescaldo – processo de resfriamento para evitar reignição de novos focos – foi iniciada na manhã deste domingo.
O combate foi feito do alto, com viaturas aéreas, escadas, plataformas mecânicas, e o uso de produtos químicos. O principal foco eram 12 tanques com 30 mil litros de óleo.
A Polícia Civil também acompanha a ocorrência por meio da 37ª DP (Ilha do Governador) e será realizada perícia no local para apurar as causas do incêndio.