18/11/2017 - 11:08
A descoberta de um vazamento estimado em 210 mil barris no oleoduto de Keystone, na Dakota do Sul, aparentemente ocorre num momento ruim, apenas quatro dias antes de reguladores em Nebraska decidirem permitir uma expansão do sistema. Apesar disso, autoridades afirmam que leis estaduais não devem permitir que a segurança seja um fator na decisão.
A Comissão de Serviço Público de Nebraska deve decidir na segunda-feira se uma expansão do oleoduto de Keystone proposta pela TransCanada pode cruzar o Estado. A decisão é a última grande barreira regulatória para o projeto que já enfrentou inúmeros processos judiciais desde que foi anunciado, em 2008.
A operadora da Keystone, a TransCanada, desativou o oleoduto existente na quinta-feira e trabalhadores estavam fazendo testes para determinar a causa do vazamento.
Autoridades estatais e da companhia afirmaram que o vazamento não era uma ameaça ao abastecimento de água, mas críticos foram rápidos em usar o vazamento como um exemplo dos riscos para o meio ambiente.
A decisão em Nebraska na segunda-feira vai ser sobre uma nova rota proposta para o Keystone XL, uma massiva expansão que deve ainda ser operada pela TransCanada. O novo oleoduto terá capacidade de 830 barris por dia, saindo do Canadá e atravessando os Estados norte-americanos de Montana, Dakota do Sul e Nebraska, onde se conectarão com o oleoduto existente.
A decisão vai se basear em documentos e testemunhos colhidos ao longo dos últimos meses. Uma lei estadual de 2011 impede a comissão de levar em conta a segurança do oleoduto em relação a possíveis vazamentos.
A proposta de expansão levantou forte oposição no Nebraska por parte de uma coalizão de grupos ambientalistas, tribos nativas americanas e de alguns proprietários de terra que não querem ter os oleodutos atravessando suas propriedades.
Legisladores do Estado do Nebraska deram a uma comissão de cinco membros o poder de regular grandes oleodutos em 2011 como uma resposta a pedidos públicos a respeito do oleoduto e de seu potencial impacto sob uma região ecologicamente frágil. Mas, ao aprovar a lei, legisladores argumentaram que a segurança do oleoduto é uma responsabilidade federal que não deveria ser levada em conta. Fonte: Associated Press.