22/02/2025 - 7:00
O Véio da Havan está preocupado com os rumos do Brasil — mas em relação à “lojinha”, ele não tem do que se queixar. No ano que vem, quando a Havan completa 40 anos, ele prevê faturar R$ 20 bi e chegar a 25 mil colaboradores.
Com 177 megastores espalhadas pelo país, a Havan teve um resultado recorde no ano passado, com uma receita bruta de quase R$ 16 bilhões e uma melhora relevante de rentabilidade. O balanço que acaba de ser publicado mostra um crescimento de receita de 22,2% em 2024. Com isso, a Havan fatura hoje mais que o dobro do que vendia em 2018, quando faturou R$ 7 bilhões. Também desalavancou: passou de uma dívida líquida de R$ 230 milhões em 2021 para um caixa líquido de R$ 3,8 bilhões em 2024.
O que aconteceu?
“Eu voltei pra operação,” o Véio – aliás, o empresário Luciano Hang – disse ao Brazil Journal, citando uma redução forte no estoque, uma política de crédito mais restritiva e os investimentos que a companhia fez no exterior, que se valorizaram com a alta do dólar. Luciano disse que voltou a focar na operação logo após a última eleição presidencial.
A varejista também teve um ganho expressivo com a variação cambial. Depois da eleição de Lula, Luciano decidiu aumentar a parcela do caixa da família investida no exterior – o que gerou um ganho de R$ 415 milhões ano passado, elevando o lucro consolidado do grupo para R$ 3,1 bilhões. “Eu sabia que isso [a alta do dólar] ia acontecer,” disse Hang.
O empresário disse a investidores que acredita haver espaço para 700 lojas no Brasil. Há alguns anos, ele abriu uma loja no Acre só para provar uma tese: “Se eu conseguisse levar uma carreta de produtos de Santa Catarina para o Acre e ainda assim rentabilizar essa loja, eu podia crescer em qualquer lugar,” explicou a um potencial investidor. A loja já nasceu no azul.
Leia a reportagem completa no Brazil Journal.