Prevista para ser divulgada nesta terça-feira, 26, a Carta em Defesa da Democracia, um manifesto criado na Faculdade de Direito da USP, tem ganhado assinaturas de peso nas áreas jurídica, empresarial e financeira do País. O texto circula desde a semana passada e, em um tom duro, defende o sistema eleitoral e o respeito ao resultado das eleições de outubro.

O documento já recebeu assinaturas de nomes como o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, além de Roberto Setubal e Candido Bracher, do Itaú Unibanco, Pedro Passos e Guilherme Leal, da Natura, Walter Schalka, da Suzano, e o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan.

“São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”, diz o texto que, sem citar nomes, faz uma dura crítica aos recentes ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral. Até o momento, a carta recebeu 3 mil assinaturas.

Conforme o Estadão mostrou na quarta-feira passada, empresários e juristas têm se articulado para unir forças em torno de uma mobilização que terá como ápice um ato no dia 11 de agosto, nas arcadas do Largo de São Francisco, no centro de São Paulo. O atual manifesto é inspirado na Carta aos Brasileiros de 1977 – um texto de repúdio ao regime militar, redigido pelo jurista Goffredo Silva Telles, e lido também na faculdade do Largo de São Francisco.

Veja quem já assinou o manifesto:

Celso de Mello, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal

Roberto Setubal, banqueiro (Itaú Unibanco)

Candido Bracher, banqueiro (Itaú Unibanco)

Walter Schalka, presidente da Suzano

Pedro Passos, fundador da Natura

Guilherme Leal, fundador da Natura

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central

Eduardo Vassimon, presidente do conselho de administração da Votorantim

Horácio Lafer Piva, acionista da Klabin e ex-presidente da Fiesp

Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda do governo Fernando Henrique Cardoso

Sepúlveda Pertence, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal

Carlos Ayres Britto, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal

Carlos Velloso, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal

Eros Grau, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal

Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo,

João Moreira Salles, cineasta

José Roberto Mendonça de Barros, economista

Celso Antônio Bandeira de Mello, advogado

Alberto Toron, advogado

Pedro Serrano, advogado

Sérgio Renault, advogado

Pierpaolo Bottini, advogado

Chico Buarque, cantor e compositor

Alessandra Negrini, atriz

Affonso Celso Pastore, economista

Alexandre Schwartsman, economista

Álvaro de Souza, economista

Ana Carla Abrão, economista

Angélica Maria de Queiroz, economista

Carlos Ari Sundfeld, economista

Claudio Haddad, economista

Cristina Pinotti, economista

Daniel Gleizer, economista

Daniel Leichsenring, economista

Demosthenes Madureira de Pinho Neto, economista

Edmar Bacha, economista

Elena Landau, economista

Eliana Cardoso, economista

Fabio Alperowitch, economista

Fábio Colletti Barbosa, economista

Geraldo José Carbone, economista

João Nogueira Batista, economista

José Guimarães Monforte, economista

José Olympio Pereira, economista

Lucia Hauptman, economista

Luciana Hall Cezar Coelho, economista

Luiz Fernando Figueiredo, economista

Luis Stuhlberger, economista

Luis Terepins, economista

Marcelo André Steuer, economista

Marcelo Barbará, economista

Marcelo Pereira Lopes de Medeiros, economista

Marcos A. Lederman, economista

Marcos Caramuru de Paiva, economista

Marisa Moreira Salles, economista

Michel Schlesinger, economista

Otávio de Barros, economista

Pedro Moreira Salles, economista

Pedro Parente, economista

Persio Arida, economista

Roberto Bielawski, economista

Rodrigo T. da Rocha Azevedo, economista

Samuel Pessôa, economista

Teresa Ralston Bracher, economista