01/08/2024 - 13:29
O Ibovespa fechou julho com ganhos de 3,02% no mês, sendo a terceira maior valorização entre os principais ativos em julho, ficando atrás do Bitcoin (7,89%) e do ouro (20,10%). Mas considerando o acumulado do ano até 31 de julho, o índice está 4,87% no negativo. No acumulado de 12 meses, o principal índice da B3, a bolsa brasileira, fica 4,68% no positivo.
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Diante deste cenário, o economista Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, fez um levantamento com exclusividade para o IstoÉ Dinheiro com as ações que tiveram os melhores e os piores desempenhos em 2024, considerando suas participações tanto no Ibovespa como nos índices Small Caps, Idiv e IBRX 100.
Liderando a ponta positiva estão os papeis da Ambipar (AMBP3), companhia de água e saneamento, com retorno no ano de 211,8%. Em seguida a Clearsale (CLSA3), de serviços financeiros, com 121,07%. E em terceiro lugar a Embraer (EMBR3), companhia aeronáutica brasileira, com 65,97%.
Rivero destaca que 10 ações da lista das que tiveram melhor desempenho (ver ranking abaixo) registram seu preço máximo no mês de julho, sendo parte delas atingindo esse máximo do ano no último dia do mês, e outras no dia 30 ou nos últimos cinco dias do mês. Embraer e WEG fecharam o dia 31 no preço máximo histórico.
“Elas estão no seu preço máximo? Acredito que não, precisa ver o que o mercado está enxergando nelas. Dessas 10 ações, apenas duas publicaram seus balanços do segundo trimestre – WEG e Copasa. Mas o mercado acaba antecipando suas projeções, então penso que o mercado e os analistas estão antecipando o resultado delas”, avalia o economista.
Por exemplo, diz Rivero, o primeiro trimestre da JBS “foi fantástico”, e estão projetando um segundo trimestre também com resultado bastante significativo, explica. Já a Vale, apesar do resultado surpreendente divulgado recentemente, não figura entre os 20 melhores desempenhos. “Talvez tenham precificado lá atrás”.
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Já na ponta oposta, a Viveo (VVEO3), da área de medicamentos, figura com perdas no ano de 83,20%. Em seguida a Infracomm (IFCM3), de tecnologia para o varejo, com perdas de 81,62%. E o terceiro pior desempenho foi o da Dasa (DASA3), de serviços médicos-hospitalares, com 71,41% de perdas.
No campo negativo, Rivero destaca que boa parte dessas empresas estão em um macro grupo do setor de Serviços: médico-hospitalar, educação, transporte aéreo, viagem e turismo. Portanto, o mercado está olhando para esse setor de outra forma. Das 20 da lista (ver abaixo), assim como as do campo negativo, seis delas registraram seus preços mínimos agora em julho.