Demorou três meses, mas a Amazon admitiu os casos de violação aos direitos trabalhistas identificados em uma fábrica da Foxconn, fabricante chinesa dos produtos da companhia americana. Em março, a vigilância sanitária da China relatou que uma unidade da empresa, na cidade de Hengyang, tinha 40% de seus funcionários trabalhando como terceirizados, o que é proibido pela lei do país. Para piorar, esses trabalhadores, que fabricavam o alto-falante inteligente Echo e o leitor de livro digital Kindle, recebiam salários cerca de 30% menores do que o mínimo previsto por lei. Em nota, a empresa de Jeff Bezos afirmou que “leva muito a sério as violações relatadas” e cobrou que sua parceira “detalhe as estratégias para remediar os problemas identificados”. Essa não é a primeira vez que a Foxconn é envolvida em casos polêmicos. Nos últimos anos, a companhia, que já trabalhou com Apple, Dell e HP, foi acusada de cometer abusos trabalhistas com seus funcionários. A fabricante chinesa não se manifestou sobre o assunto.

(Nota publicada na Edição 1074 da Revista Dinheiro)