As vendas da Harley-Davidson voltaram a cair em todo o mundo no segundo trimestre deste ano, abaladas principalmente pelo atraso de acordos com o mercado europeu e o afastamento de clientes nos Estados Unidos. Segundo balanço divulgado nesta semana, a companhia vendeu 69 mil motocicletas entre abril e junho, uma retração de 6% em comparação com o mesmo período do ano passado. A baixa refletiu na queda de 19% nos lucros, para US$ 195,6 milhões no último trimestre.

A mais icônica marca de motocicletas do mundo enfrenta dificuldades para se manter nos principais mercados devido às altas taxas de importação e a mudança de comportamento das novas gerações.

A Harley-Davidson já transferiu de parte da sua produção para a Tailândia, país com menos impostos de produção e mais próximo dos mercados europeus e asiáticos. A China se tornou um importante centro para a companhia, com aumento de 27% das vendas no último ano em comparação com 2017. Recentemente a companhia recebeu autorização da União Europeia para importar as motocicletas produzidas na Ásia com taxas menores, após meses de negociações.

A empresa também está diversificando a produção para se manter relevante diante das transformações do mercado. No ano passado, a marca anunciou uma nova linha de motocicletas elétricas e o desenvolvimento de bicicletas offroad e scooters.