O CEO da Nike, Mark Parker, disse estar “bastante orgulhoso” com os resultados da polêmica campanha publicitária estrelada pelo jogador de futebol americano Colin Kaepernick, estreada no início de setembro.

O gestor expôs nesta terça-feira (26) os resultados do último trimestre da gigante dos esportes para analistas financeiros. Segundo o CEO, as rendas aumentaram 10% em relação ao mesmo período do ano passado, somando US$ 9,9 bilhões.

“Isso está repercutindo fortemente nos consumidores, obviamente aqui na América do Norte, mas também em todo o mundo. Como muitas campanhas, está gerando um aumento real no tráfego e no engajamento, tanto social quanto comercial”.

“Just do It”

Karpernick e outros jogadores da NFL se destacaram por se ajoelharem durante a execução do hino como forma de protesto contra a violência racial, em 2016. A atitude do grupo gerou polêmica, sendo alvo até de xingamentos do presidente Donald Trump.

O ex-quarterback do San Francisco 49ers não joga na NFL desde o ano passado. Ele está processando a entidade, argumentando que os donos da equipe deliberadamente o ignoram por causa de seu ativismo.

Ele foi anunciado como representante da marca nas comemorações dos 30 anos do lançamento do slogan “Just do It”. O anúncio da Nike mostra Kaepernick com o slogan “Acredite em algo. Mesmo que isso signifique sacrificar tudo.”

A aposta da Nike dividiu opiniões entre os consumidores da marca. Enquanto muitos apoiaram a decisão, outros lançaram uma campanha para boicotar os seus produtos com as hashtags #BoycottNike e #JustBurnIt.

O anúncio também é estrelado por outros atletas, entre eles Serena Williams e Lebron James. Enquanto alguns analistas afirmam que a decisão da Nike é arriscada, outros dizem que o risco é necessário para se manter à frente dos concorrentes.

“Esses atletas são realmente muito inspiradores e, novamente, achamos que a campanha transmitiu essa mensagem de uma forma que está realmente conectada com pessoas de todo o mundo”,  disse Parker.