As vendas do comércio varejista estão 3,7% abaixo do pico alcançado em outubro de 2014, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio referentes a dezembro de 2019 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume vendido em dezembro estava 8,5% aquém do patamar recorde alcançado em agosto de 2012.

Nesta quarta-feira, 12, o IBGE informou que as vendas do comércio varejista caíram 0,1% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2018, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 2,6% em dezembro de 2019.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,8% no ano de 2019. As vendas ainda subiram 1,2% no quarto trimestre de 2019 em relação ao terceiro trimestre do ano passado e 3,3% ante o quarto trimestre de 2018.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,8% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2018, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 4,1% em dezembro de 2019.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 3,9% no ano de 2019. As vendas ainda subiram 0,7% no quarto trimestre de 2019 ante o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2018, houve elevação de 4,5% no quarto trimestre do ano passado.

Ramos

Na passagem de novembro para dezembro, seis entre as oito atividades do varejo registraram perdas, segundo o IBGE.

“Depois de sete meses de crescimento, o varejo acomoda (em dezembro) num patamar elevado. Foi o setor dentro dos setores da economia que manteve crescimento por três anos consecutivos. Mesmo que tenha uma taxa menor de crescimento (em 2019), isso confirma a atividade do comércio como vetor de aceleração da atividade econômica”, ponderou Isabella Nunes, gerente da pesquisa no IBGE.

Os únicos dois segmentos com avanços em dezembro ante novembro foram Móveis e eletrodomésticos (3,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (11,6%). Para Isabella, o resultado pode mostrar uma contabilização no mês de dezembro de parte da receita obtida pelo varejo com as vendas da Black Friday, que ocorreu no último dia útil de novembro de 2019, no dia 29.

As perdas foram registradas nas vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,9%), Combustíveis e lubrificantes (-0,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).

Já no comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume de vendas recuou 0,8% em dezembro ante novembro. O setor de Veículos, motos, partes e peças encolheu 4,0%, enquanto Material de construção teve redução de 1,1%.