Por Vivian Sequera e Matt Spetalnick e Diego Oré

CARACAS/WASHINGTON (Reuters) – A Venezuela libertou na terça-feira dois cidadãos norte-americanos em um aparente gesto de boa vontade em relação ao governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após uma visita a Caracas de uma delegação norte-americana de alto escalão.

Um dos prisioneiros libertados foi Gustavo Cárdenas, entre seis executivos de petróleo da Citgo detidos em 2017 e condenados por acusações que o governo dos Estados Unidos diz terem sido fabricadas. O outro é um cubano-americano, identificado como Jorge Alberto Fernández, detido por acusações não relacionadas.

“Esta noite, dois americanos que foram detidos injustamente na Venezuela poderão abraçar suas famílias mais uma vez”, disse Biden em comunicado.

“Estamos trazendo Gustavo Cárdenas e Jorge Fernández para casa”, declarou ele, sem dar mais detalhes sobre a libertação.

A visita no fim de semana da delegação dos EUA concentrou-se não apenas no destino dos norte-americanos detidos, mas na possibilidade de aliviar as sanções petrolíferas dos EUA ao país, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), para preencher uma lacuna de fornecimento se Biden proibisse as importações de petróleo russo em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou –o que ele fez na terça. A Venezuela é o aliado mais próximo da Rússia na América do Sul.

Washington pediu a libertação de pelo menos nove homens, incluindo aqueles conhecidos como “Citgo 6”, dois ex-Boinas Verdes e um ex-fuzileiro naval dos EUA.

A libertação dos dois pode dar um tom mais positivo às negociações entre os Estados Unidos e a Venezuela, que mantêm relações hostis ao longo de sucessivos governos dos EUA.

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