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Nesse desfile, não se viram corpos anoréxicos. Quem caminhou pela passarela montada no Salão Cristal do Copacabana Palace (Rio de Janeiro) na terça-feira 13 foram 19 atletas brasileiros que participarão dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007. Todos esbanjaram brilho e simpatia, mas não se engane: as estrelas do evento foram os uniformes que eles vestiam. ?Os primeiros recordes do Pan 2007 começaram a ser batidos por nós?, diz Paulo Santana, diretor de marketing da Calçados Azaléia, a empresa-mãe da Olympikus, que produziu as peças. ?Os jogos são tão importantes para nós que assinamos o contrato sem saber o valor. O total foi de R$ 100,6 milhões, o maior investimento da nossa história, mas valeu a pena.?

 

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PATROCÍNIO FORTE A Olympikus investiu R$ 100,6 milhões no Pan e vai produzir 75 mil peças para os 699 atletas brasileiros

 

 

Santana está certo. O Pan alavancou as vendas da empresa. Desde que se tornou a patrocinadora oficial do Comitê Olímpico Brasileiro e obteve a licença exclusiva para produzir os uniformes, acessórios e calçados dos atletas, a Olympikus cresceu a olhos vistos. Só em fevereiro, o índice chegou a 98%. Por tabela, o grupo conquistou também contratos para vestir outras 25 das 42 delegações que participarão dos jogos ? o trampolim para a internacionalização da marca. ?Acho que esse é o uniforme mais bonito da história do Brasil no Pan, um orgulho?, afirma Carlos Nuzman, presidente do COB. ?É que na hora da competição precisamos intimidar com estilo?, completa Fabrício da Costa, sócio da OEstúdio, agência que assessorou a Olympikus na concepção do design. No total, serão 75 mil peças para a delegação do Brasil, algumas para uso específico na Vila, outras durante o treino, a competição e, finalmente, o pódio. Cada um dos 699 atletas receberá um enxoval com 70 itens.

A escolha do tema foi criteriosa. Por fim, optou-se por elementos da natureza. ?Ela está no ser humano, assim como o esporte. Os dois se unem para uma mente feliz?, explica Costa. Mas, mais do que belos, os uniformes são funcionais. A equipe de criação preocupou-se com a tecnologia, o conforto e as demandas dos atletas. Após a apresentação das peças, com o aval dos medalhistas, resta a Nuzman só uma preocupação: ?Ninguém vai querer fazer a tradicional troca de uniformes com os adversários?, brinca.