29/06/2005 - 7:00

Scheila Clezar, da Marsh: Seguro multi-viagens custa até 30% mais barato que os usuais
Atenção viajantes com destino à Europa. Desde o início de junho, alguns países do Velho Continente exigem dos turistas internacionais que cruzam suas fronteiras que apresentem um seguro saúde com cobertura de serviços médicos no valor de 30 mil euros (leia quadro). A medida faz parte do Tratado de Schengen, assinado por essas nações, em 1985, na cidade de mesmo nome, localizada em Luxemburgo. Alguns desses Estados, como Espanha, Portugal e Itália, não exigem o documento do viajante brasileiro em função de acordos bilaterais de assistência médica. Outros, como Alemanha e França, são bastante rigorosos na cobrança do documento. A seguir, confira algumas dicas para quem pretende desembarcar na Europa com o seguro saúde em dia:
É possível deixar para comprar o seguro saúde quando chegar na Europa?
Não. Como o seguro é exigido pelo Serviço de Imigração, o turista que não tiver um documento que comprove a cobertura pode ter negada a sua entrada no país. ?Outro dia, cinco turistas goianos que chegavam a Paris foram obrigados a dar meia volta porque não tinham o seguro?, diz Cynthia Albuquerque, do Serviço de Vistos da Embaixada da França, em Brasília.
Dá para usar o seguro saúde oferecido pelo cartão de crédito como comprovante?
Depende do valor da cobertura. A maioria dos cartões de crédito internacionais cobre despesas médicas até US$ 5 mil, quantia bem abaixo dos 30 mil euros exigida. Entretanto, alguns cartões voltados para o público de alta renda já oferecem seguro saúde que atende ao Tratado de Schengen. O ideal é consultar a administradora do seu cartão antes da viagem sobre o valor da sua cobertura.
Há algum seguro que ofereça cobertura ininterrupta para quem viaja constantemente para a Europa?
Sim. A Assist-Card e a Marsh Corretora desenvolveram um seguro voltado especificamente para quem permanece longos períodos em território europeu. O Assist Card Euro Classic funciona como uma espécie de ?banco de dias? de seguros. O executivo (ou a empresa) compra uma quantidade de dias de cobertura. Toda vez que estiver viajando, o seguro é ativado. Quando volta ao Brasil, os dias não utilizados são computados no banco de dados da seguradora. ?Como não há validade, o executivo pode comprar um pacote de 180 dias e usá-lo ao longo do ano?, diz Scheila Clezar, diretora da Marsh Corretora. A vantagem, segundo Scheila, está no preço ? até 30% mais barato do que contratar vários seguros por períodos mais curtos. ![]()
Países que exigem o seguro:
Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia,
Islândia, Luxemburgo, Noruega, Holanda, e Suécia.
Onde os brasileiros estão dispensados do documento:
Portugal, Espanha e Itália
Quanto custa o Assist-Card:
Por 10 dias: 104,03 euros
Por 90 dias: 366,87 euros