05/10/2025 - 8:00
Uma viagem, especialmente de férias, precisa transcorrer o mais próximo possível do planejado. “Perrengues” em viagens, podem até render boas histórias e virar uma lembrança engraçada, mas também pode ser algo bastante inconveniente com potencial de estragar toda a experiência, e que ainda pode acarretar prejuízos financeiros.
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Um risco em viagens de avião, por exemplo, é o de extravio de bagagens. Dados recentes da SITA (Sociedade Internacional de Telecomunicações Aeronáuticas), empresa especializada em tecnologia aérea, revelam a gravidade do cenário: mais de 33,4 milhões de malas foram extraviadas no mundo em 2024, o que corresponde a 6,3 malas a cada 1.000 passageiros.
Mas também pode ocorrer cancelamento ou alterações de voos, ou ainda o chamado ‘overbooking’, quando há mais passageiros que a capacidade da aeronave e a companhia aérea pode alterar a viagem de alguns.
Também pode acontecer um imprevisto com a hospedagem no destino ou então com uso de cartões ou outros meios de pagamentos.
Segundo o advogado Rodrigo Alvim, especialista em defesa dos Direitos do Passageiro Aéreo, “ter provas é a melhor forma de se proteger em situações de conflito”. E uma imagem de registro pode ser uma boa prova. “As fotos não são apenas úteis — elas podem ser decisivas em processos de reembolso ou indenização”.
O Procon-SP reforça que as fotos podem ser um item importante em caso de quebra no acordo da relação de consumo. “Apesar de o Código de Defesa do Consumidor estabelecer que o ônus da prova é do fornecedor, todo e qualquer elemento que reforce a argumentação do consumidor ao registrar uma reclamação, pode ser decisivo”.
O órgão aponta que, além de fotos, uma nota fiscal, e-mail, print de conversa em aplicativo, número de protocolo, gravação e/ou qualquer outro documento, fortalece o procedimento com o fornecedor, auxilia os especialistas a entender e orientar melhor e, em caso de judicialização da causa, serão usados como prova em favor do consumidor.
Veja as fotos que você precisa fazer para se precaver:
1. Foto da mala por fora

Um registro externo da bagagem no momento de despachar comprova a condição da mala no momento do embarque para sua viagem. Esta imagem é crucial em casos de danos ou extravio, pois ajuda a localizar a bagagem e serve como prova para pedidos de ressarcimento.
2. Fotos do interior da mala

Sim, é recomendado abrir a mala e registrar seu conteúdo antes de fechá-la. Em caso de extravio definitivo, essas fotos comprovam o que havia dentro da bagagem, simplificando a solicitação de reembolso por itens perdidos na hora da sua viagem.
3. Foto ou vídeo da chegada ao aeroporto

Registrar o momento da chegada no aeroporto, preferencialmente com a hora visível, pode ser vital em disputas sobre atrasos ou problemas no check-in. A imagem serve como prova da pontualidade do passageiro, rebatendo alegações de não comparecimento a tempo.
4. Foto do cartão de embarque e painel de voo

Em casos de overbooking — quando a companhia vende mais assentos do que a capacidade do avião —, ter uma foto do cartão de embarque e do painel de informações é essencial. Esses registros ajudam a comprovar que o passageiro tinha assento reservado, mas foi impedido de embarcar.
5. Fotos dos bilhetes aéreos (originais e novos)
Se houver troca de voo ou remarcação, é fundamental registrar os bilhetes de viagem antigos e os novos. Eles são a base para comprovar que o trajeto foi alterado, elemento chave em pedidos de reembolso, ações judiciais ou queixas em órgãos de defesa do consumidor.