O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, comemorou a desaceleração da inflação vista nos últimos indicadores de preços da zona do euro, o que chamou de “boa notícia”, durante discurso em evento do jornal espanhol Okdiario. Ainda assim, ele adotou cautela ao discutir o cenário inflacionário na região, cujas taxas de preços seguem muito acima da meta de 2% do BCE.

De acordo com Guindos, cerca de 3% da renda da população no bloco tem sido destinada a pagar a inflação provocada pela desvalorização recente do euro.

Segundo ele, a atividade do bloco também surpreendeu positivamente em dados recentes, e a desaceleração da economia não deve ser tão profunda quanto se esperava há pouco tempo.

No entanto, ele alertou que a possibilidade de que haja uma recessão técnica – caracterizada por ao menos dois trimestres seguidos de contração do Produto Interno Bruto (PIB) – na zona do euro é real, após um segundo trimestre forte.

Sobre a política monetária do BCE, Guindos destacou que o eventual processo de redução do balanço de ativos será delicado e requer cuidado.

A entidade monetária europeia vai discutir o assunto em sua próxima reunião monetária, marcada para o dia 15 de dezembro.