O presidente Jair Bolsonaro participou nesta sexta-feira (15) de uma manifestação com motociclistas em São Paulo. O grupo saiu por volta das 10h30 da região do Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, e seguiu em direção a Americana, no interior do Estado, em um percurso de cerca de 120 quilômetros.

A AutoBan, concessionária que administra o Sistema Anhanguera-Bandeirantes, informou que a Rodovia dos Bandeirantes foi interditada entre os quilômetros 13 e 138 para o tráfego dos motociclistas. Os motoristas que saem da Capital paulista rumo ao interior devem utilizar a Via Anhanguera.

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A Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo informou que faz a segurança do evento com aeronaves, drones e viaturas, envolvendo um total de 1,9 mil policiais. O custo do esquema é, segundo a pasta, de R$ 1 milhão.

Em palanque na cidade de Americana, o presidente fez um discurso inflamado para os motociclistas que o acompanhavam. Atacou o PT, disse ser chefe do Executivo federal “por uma missão de Deus” e fez ataques ao WhatsApp e a ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que firmaram acordo que prevê a nova funcionalidade do WhatsApp, que permite a criação de comunidades com milhares de pessoas, só seja implementada no Brasil após a conclusão das eleições, em outubro, conforme o Uol.

Para o presidente, o acordo é “censura” e que, para ele, “não tem validade”. “Adianto para vocês: o que eu tomei conhecimento nesta manhã é simplesmente algo inaceitável, inadmissível e inconcebível. O WhatsApp passa a ter uma nova política para o mundo, mas uma especial, restritiva para o Brasil. Isso após um acordo com três ministros do Tribunal Superior Eleitoral. Cerceamento, censura, discriminação. Isso não existe. Ninguém tira o direito de vocês nem por lei, quem dirá por acordo com o TSE. Esse acordo não tem validade, e nós sabemos como proceder”, afirmou.