Ela conquistou o cinema americano e tem uma verdadeira legião de fãs ao redor do mundo. A lista é extensa e cresce a cada aparição na mídia eletrônica. O roqueiro Ozzy Osbourne, por exemplo, a venera. Jack Nicholson também. Todo mundo na Casa Branca, a residência oficial do presidente dos Estados Unidos, não vive sem ela. No Brasil, Renato Kherlakian, o dono da Zoomp, já aderiu à moda. Bonita e famosa, a sua maior virtude é cozinhar bem. Estrela de filmes e seriados, a cozinha das estrelas desembarcou no País. Pelas mãos do empresário Evandro Kherlakian, primo do proprietário da Zoomp, a multinacional americana Viking Range, fabricante dos fogões e das geladeiras mais sofisticadas do mundo, chegou disposta a conquistar o brasileiro pelo estômago ? pelo menos os brasileiros endinheirados.

Os fogões, as geladeiras (elas chegam a custar US$ 14,5 mil) e alguns acessórios de cozinha ? facas, batedeiras ? ocupam um moderno show-room na badalada Alameda Gabriel Monteiro da Silva, parada obrigatória da elite paulistana. Com investimento de US$ 1,5 milhão, Kherlakian comprou peças, montou seu estoque, treinou seu pessoal e abriu esse espaço em São Paulo, inaugurado em junho último. Um segundo show-room será inaugurado em setembro, no Rio de Janeiro. A meta é atender as classes mais abastadas do País, que gastam US$ 1,5 bilhão em artigos de luxo por ano. Só a linha branca responde por US$ 50 milhões.

Mais do que cifras, o desenho do negócio chama atenção. Kherlakian não é simplesmente um importador do grupo americano, que fatura US$ 500 milhões só na terra natal. Juntos, o empresário e a empresa montaram uma joint-venture batizada de Viking Range Corporation do Brasil, cujo controle é dividido ao meio. ?Essa companhia é a semente da subsidiária para a América do Sul ou até para a América Latina?, afirma o brasileiro.

Antes, contudo, a Viking verde-amarela precisa evoluir de um banho-maria e ferver no mercado. Em dois anos, deve acumular vendas de US$ 5 milhões e preparar um vôo maior. A partir de 2005, contatos na América do Sul estarão na lista de prioridades. Somente com as metas cumpridas, vai tirar do forno o projeto fábrica, uma possibilidade a médio prazo.