Teresa Lewis, uma avó de 41 anos, recebeu uma injeção letal nesta quinta-feira, tornando-se a primeira mulher em quase um século a ser executada no sistema penal do estado da Virgínia, informou um funcionário.

Lewis foi executada às 21H13 local (22H13 Brasília) na prisão de Greensville, revelou o porta-voz Larry Traylor.

Diante da prisão, um grupo de 30 opositores à pena de morte soou uma campainha e rezou enquanto Lewis se dirigia para a morte.

Esta foi a 12ª mulher executada nos Estados Unidos desde o restabelecimento da pena de morte, em 1976. No mesmo período morreram 1.215 homens.

Virgínia é o segundo estado mais ativo neste tema após o Texas.

A última execução feminina no Estado remontava a 1912, quando Virginia Christian, uma americana negra de 17 anos, morreu na cadeira elétrica.

Na terça-feira, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou um recurso de última hora para suspender a execução.

Lewis se declarou culpada de contratar dois homens, em 2002, para assassinar seu marido e seu enteado para ficar com 350.000 dólares do seguro de vida do esposo.

Teresa Lewis tinha coeficiente intelectual de 72, pouco acima do limite de 70, abaixo do qual se considera que a pessoa tem deficiência mental. A Suprema Corte proíbe as execuções de condenados com coeficiente mental inferior a 70.

O governador da Virgínia, Bob McDonnell, disse hoje que “nenhum profissional de medicina concluiu que Teresa Lewis cumpre com a definição médica ou legal de uma pessoa com atraso mental”, e portanto, manteve sua execução.

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