05/08/2025 - 15:27
Apenas dois países foram incluídos pelo governo Donald Trump na nova obrigatoriedade de pagamento caução para viajar aos Estados Unidos: Malaui e Zâmbia. Pessoas naturais dos dois países precisarão fazer um depósito de US$ 15 mil para tirar vistos B-1 (emitido para viagens de negócios), B-2 (para turismo) e B-1/B-2 (classificação mista). A exigência terá início daqui a 15 dias (20 de agosto).
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A medida integra um plano piloto que busca diminuir a permanência de turistas no país por tempo maior do que o determinado em seus vistos. O valor caução poderá, nestas circunstâncias, fica retido. A quantia equivale, no câmbio de hoje, a cerca de R$ 82 mil.
O governo já tentou fazer um teste semelhante no final de 2020, porém não obteve sucesso devido ao baixo fluxo de turistas provocado pela pandemia de covid-19. Na ocasião, os países afetados seriam Afeganistão, Angola, Butão, Burkina Faso, Birmânia, Burundi, Cabo Verde, Chade, República Democrática do Congo, Djibuti, Eritreia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Irã, Laos, Libéria, Líbia, Mauritânia, Papua Nova Guiné, São Tomé e Príncipe, Sudão, Síria e Iêmen.
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Como motivo para a medida, o governo dos EUA afirma querer “encorajar governos estrangeiros a tomar medidas imediatas para reduzir as taxas de permanência ilegal (overstay) de seus nacionais ao viajar para os Estados Unidos para visitas temporárias, e para encorajar os países a melhorar a triagem e verificação e a segurança dos documentos de viagem e civis, inclusive na concessão de cidadania”.
O texto menciona ainda que a medida responde à ordem executiva 14.159 publicada por Donald Trump, com o título de “Protegendo o Povo Americano Contra a Invasão”. Publicado no primeiro dia do segundo mandato de Donald Trump, o documento serve de guia para uma série de medidas de endurecimento nas políticas migratórias do país.
Anteriormente, o governo dos EUA passou a exigir as redes sociais de estudantes que querem ir ao país, como forma de monitorar possíveis postagens contra o republicano.
Visto dourado
Ao mesmo tempo, Trump apresentou em abril o “gold card”, um visto de permissão de residência vendido por cinco milhões de dólares (28,15 milhões de reais). Seu objetivo é atrair grandes fortunas aos Estados Unidos.
Trump declarou, em fevereiro, que a meta da administração era chegar a ‘um milhão’ de vistos do tipo vendidos, e sinalizou que oligarcas russos poderiam estar entre os beneficiados pelo ‘gold card’.