17/02/2025 - 15:35
Nenhuma das oito vítimas da febre amarela em São Paulo estava vacinada contra a doença. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 17, pelo secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, durante a inauguração do novo pronto-socorro do Hospital São Paulo.
Desde o início do ano, o Estado registrou 12 infecções, das quais 8 resultaram em morte – um índice de letalidade de 66,6%. As vítimas tinham entre 21 e 71 anos.
A principal medida de proteção contra a febre amarela é a vacinação. Atualmente, o calendário vacinal prevê uma dose do imunizante aos 9 meses de idade e outra aos 4 anos. Em pessoas com mais de 5 anos não vacinadas previamente, utiliza-se o esquema de dose única. A vacina é oferecida gratuitamente em postos de saúde de todo o País.
De acordo com o secretário, aproximadamente 5 milhões de pessoas no Estado de São Paulo ainda precisam se imunizar contra a doença. Por isso, há um mês, a pasta pediu 6 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde, e já recebeu 2 milhões. “Todas as nossas unidades básicas de saúde têm vacinas para serem aplicadas”, informou Paiva.
Aqueles que ainda não receberam o imunizante contra febre amarela, que não possuem a carteira de vacinação ou têm dúvida se foram vacinados devem buscar a UBS mais próxima, orienta a secretaria.
Ciclo silvestre: o vírus circula entre macacos e mosquitos silvestres do gênero Haemagogus e Sabethes. Humanos podem ser infectados ao adentrarem áreas de mata e serem picados por esses mosquitos.
Ciclo urbano: o mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, zika e chikungunya, pode espalhar a doença em áreas urbanas, picando um indivíduo infectado e depois transmitindo o vírus para outras pessoas.
A febre amarela pode ser transmitida por macacos?
Não. Apesar de os macacos serem hospedeiros da doença no seu ciclo silvestre, ela é transmitida apenas por mosquitos infectados.
Quais os sintomas?
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas iniciais da doença são: febre de início súbito, calafrios, dores na cabeça, nas costas e no corpo em geral, além de enjoo, vômito e fraqueza. Via de regra, as pessoas melhoram após esses sintomas, mas 15% ficam cerca de um dia sem sintomas e, depois, evoluem para quadros mais graves. Por isso, é importante ter acompanhamento médico.