13/04/2019 - 10:48
As autoridades da região semiautônoma curdas da Síria devolveram neste sábado ao Iraque 25 mulheres e crianças da comunidade yazidi, liberados do jugo do grupo extremista Estado Islâmico (EI) que perdeu seu último reduto.
Quase 300 mulheres e crianças da minoria yazidi, adepta de uma religião esotérica monoteísta, foram localizadas nos últimos meses durante a ofensiva contra a localidade de Baghuz, último reduto do EI no leste da Síria, reconquistado em 23 de março pelas forças curdo-árabes.
Ziad Rustom, diretor da “casa yazidi”, uma instituição vinculadas às autoridades semiautônomas curdas, informou que 10 mulheres e 15 crianças retornariam para a cidade histórica de Sinjar, na região norte do Iraque.
A minoria yazidi, principalmente do norte do Iraque, é alvo de perseguição há vários séculos por suas crenças religiosas.
Em agosto de 2014, quando o EI ocupou grandes faixas de território na Síria e no Iraque, os extremistas tomaram de assalto a localidade histórica da comunidade nos montes Sinjar.
Eles mataram os homens e transformaram os meninos em soldados. Milhares de mulheres foram submetidas a trabalhos forçados e convertidas em escravas sexuais.
Desde 2015, as forças curdo-árabes libertaram 850 pessoas desta minoria.
“O número de desaparecidos chega a 3.040”, disse Rustom, antes de afirmar que as buscas prosseguem na região.