01/06/2005 - 7:00
Todo mundo conhece um apelido popular para o cheque sem fundo. Tem o cheque voador, aquele que nunca aterrissa na conta; o cheque elástico, que bate no caixa e volta; e até o cheque cowboy, que leva quem sacar primeiro. As piadas sobre inadimplência não têm nada de engraçado para quem fica no prejuízo. Em abril, 3,1 milhões de cheques foram devolvidos no País, número 7,9% maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Para evitar essas perdas, a Autofax, empresa de soluções contra a inadimplência, está lançando um seguro contra cheques devolvidos. A apólice, em parceria com a Seguradora Roma, dará cobertura aos quatro principais casos de cheques não compensados: falta de fundo, conta encerrada, cancelamento por roubo ou furto, e cheque fraudado. Ao receber o cheque, o cliente da Autofax tem que consultar o sistema da empresa sobre a situação do emissor. Se, mesmo aprovado, o cheque voltar, a empresa e a seguradora garantem o ressarcimento. ?O cliente não perde nada e recebe o seguro em, no máximo, 30 dias?, afirma Laércio Soares, diretor comercial da Autofax.
O valor da cobertura varia de acordo com o porte do cliente. Se for uma empresa com faturamento mensal de até R$ 187.500, o valor máximo segurado é de R$ 75 mil por mês. Para organizações maiores, esse limite mensal sobe para R$ 135 mil. O preço do seguro corresponde a uma porcentagem cobrada sobre o prazo dos cheques aceitos (leia tabela). A mensalidade mínima é de R$ 350 para as pequenas empresas e de R$ 1 mil para as de maior porte. Com cerca de 10 mil clientes, a Autofax espera encerrar o ano com 3 mil segurados. A decisão do Conselho Monetário Nacional de suprimir dos cheques, a partir de 1º de junho, a expressão ?cliente desde…? pode até ajudar. ?O fim do registro nos cheques será um estímulo para as vendas do seguro?, acredita Soares. ?Afinal, além de traçar o perfil do comprador, nós garantimos que o lojista vai receber?.