Um artigo publicado pela Nature Human Behavior examinou como o cérebro prioriza informações emocionais para armazenamento de novas memórias. Conforme analisado por Rafael Ruggiero, pesquisador na área de Neurociências da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, “os pacientes que sofrem de transtornos transtornos pós-traumáticos, depressão e outros distúrbios da mente podem ter maior dificuldade para armazenar e criar novas memórias”. 

+ Estudo mostra que semana de trabalho de 4 dias evita burnout e mantém produtividade

Ondas cerebrais de alta frequência na amígdala, um centro de processos emocionais, e no hipocampo, um centro de processos de memória, são essenciais para melhorar a memória para estímulos emocionais, segundo mostrou o Jornal da USP

“Interrupções nesse mecanismo neural, causadas por estimulação cerebral elétrica ou depressão, prejudicam a memória especificamente para estímulos emocionais”, mostrou o artigo.

A saúde mental dos funcionários deve estar na base dos princípios das empresas. A preocupação com a memorização, seja para render melhor e dar resultados no escritório, ou para que o funcionário tenha um estilo de vida saudável fora da empresa se encaixa diretamente com a relação com os colegas, por exemplo. 

Dados da The Workforce Institute no UKG mostram que em locais de trabalho em todo o mundo, líderes e gerentes podem ter influência sobre a saúde mental de seus funcionários “além da conta”. Veja os números:

  • 60% dos funcionários em todo o mundo dizem que seu trabalho é o maior fator que influencia sua saúde mental;
  • Os gerentes têm tanto impacto na saúde mental das pessoas quanto seu cônjuge (ambos 69%) e ainda mais impacto do que seu médico (51%) ou terapeuta (41%);
  • 81% dos funcionários em todo o mundo priorizariam uma boa saúde mental em detrimento de um trabalho bem remunerado, e 64% admitem que aceitariam um corte salarial por um trabalho que melhor apoiasse seu bem-estar mental.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, um episódio depressivo pode ser categorizado como leve, moderado ou grave, a depender da intensidade dos sintomas: um indivíduo com um episódio depressivo leve terá alguma dificuldade em continuar um trabalho simples e atividades sociais; já no quadro depressivo grave, é improvável que a pessoa afetada possa continuar com atividades sociais e de trabalho.