15/07/2021 - 12:36
Junho trouxe mais um recorde (indesejado) para a Amazônia. O sexto mês do ano registrou 1.061,9 km² de árvores derrubadas. No acumulado do semestre foram 3.609,6 km², alta de 17% em relação ao mesmo período de 2021 (dados do Inpe). Diante dos números, brasileiros pressionam governos e empresas por soluções para garantir não só a proteção da floresta, mas o desenvolvimento econômico da região. Nesta jornada, porém, a sociedade civil também pode e deve fazer sua parte. Iniciativas para isso já existem. Um exemplo é a Plataforma de Empréstimo Coletivo Sitawi na qual qualquer pessoa pode investir capital próprio a partir de R$ 10 em uma rodada de investimentos destinada a promover negócios da floresta. De acordo com a empresa, o investimento tem rentabilidade equivalente a 6,5% ao ano, ou 191% do CDI (considerando CDI de 01 de junho de 2021).
O futuro híbrido e a transformação incessante+
Lançada no dia 13 de junho, a Rodada Amazônica já mobilizou R$ 2 milhões em menos de 24 horas. O teto é de aproximadamente R$ 3 milhões. Com os recursos obtidos, as captações para dois dos quatro projetos eleitos já foram fechadas. São elas as destinadas para a Luisa Abram Chocolates, produtora de chocolates finos a partir do cacau selvagem da Amazônia; e para a 100% Amazônia, uma exportadora de mais de 50 produtos florestais não madeireiros, como óleos, manteigas, polpas e pós.
Quem entrar na rodada ainda pode escolher entre o projeto Comaru, cooperativa de castanheiros da Amazônia com mais de 50 anos de experiência com extrativismo sustentável; e a Tobasa Bioindustrial, bioindústria focada na eliminação do desperdício e no aproveitamento integral do coco de babaçu.
“Com essa rodada queremos promover um acesso mais democrático para um investimento de impacto que historicamente era disponível apenas para a elite”, afirmou Leonardo Letelier. A Sitawi Finanças do Bem divide a iniciativa da Plataforma de Empréstimo Coletivo com o Instituto Sabin. Ainda fazem parte desta rodada a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, o Centro Internacional de Agricultura Tropical e o Instituto Humanize.