16/04/2025 - 13:47
A 99 anunciou nesta quarta-feira, 16, a volta de seu aplicativo de entrega de refeições, o 99Food. O serviço operou no Brasil de 2019 até abril de 2023.
Em paralelo, a empresa, que é do grupo chinês Didi Chuxing, também diz estar direcionando até R$ 1 bilhão para a expansão de seu aplicativo, dentro do plano estratégico da companhia de ser um superapp. O anúncio oficial do investimento foi feito em encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin na tarde de hoje.
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Segundo a 99, uma das estratégias para o app de entregas será usar a base já existente de motociclistas cadastrados no aplicativo que já atuam em mais de 3.300 cidades brasileiras com serviço de transporte de passageiro ou de encomendas por moto. A previsão é que o 99Food esteja operando em meados deste ano.
“Este investimento reflete nosso compromisso de longo prazo com o Brasil”, disse em comunicado Stephen Zhu, Head Global da DiDi’s International Business Group, empresa controladora da 99 e que mantém operações em 14 países. “Isso é mais do que entrega de comida, trata-se de moldar o futuro da conveniência do país”, acrescentou.
Na China, os chamados superapp fazem sucesso entre a população. São aplicativos que reúnem uma série de serviços, incluindo financeiros, e podem oferecer marketplace, transporte, alimentação, entretenimento, entre outros.
No Brasil, o 99Food se juntará aos serviços já oferecidos pelo aplicativo no Brasil 99 (de transporte de passageiros por carro), 99Motos, 99Entrega e 99Pay.
Mototáxi
A plataforma 99, assim como a Uber, estão travando uma batalha jurídica com a Prefeitura de São Paulo para prestar serviços de mototáxi na cidade. O prefeito Ricardo Nunes é contrário à iniciativa, argumentando a questão de segurança dos usuários, tanto que soltou o decreto nº 62.144/2023, suspendendo a atuação do serviço.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa as plataformas, discorda que os aplicativos sejam responsáveis por eventuais aumentos de acidentes de trânsito por motos.
No mais recente capítulo da briga judicial, a 8ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo decidiu por invalidar o decreto municipal. Mas o serviço segue suspenso por uma liminar de janeiro deste ano, proferida em segunda instância no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
*Com informações da Agência Brasil