28/03/2013 - 21:00
Ferrovias
Primeiro as obras da Norte-Sul foram paralisadas devido aos escândalos que atingiram a direção da Valec, órgão do governo federal responsável pelas ferrovias. Depois, com a descoberta de cavernas no caminho, o traçado teve de ser refeito. Agora, parece que a construção vai entrar nos trilhos: no fim de abril, os trabalhos serão retomados em dois trechos, em Goiás e em São Paulo, com um investimento de quase R$ 700 milhões e previsão de conclusão ainda neste ano. Em julho, a Valec, presidida por Josias Sampaio Cavalcante, retoma as obras da Ferrovia Oeste-Leste, a Fiol, no trecho entre Caetité e Barreiras, na Bahia, com previsão de término em 2015.
Promoção comercial
Obra pela metade
Ficou no meio do caminho um plano do Itamaraty para dotar embaixadas de áreas de promoção comercial, para ajudar exportadores. Dos 99 centros criados, 21, incluindo o de Doha (foto), continuam sem funcionários qualificados. A distribuição segue a geografia comercial do século 20: muita gente na Europa e pouca na Ásia e na África.
Seguro rural
Privado e gratuito
O presidente da Abramilho, Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agricultura, coordena a criação de um seguro agrícola que, além de cobrir os financiamentos, garanta renda aos produtores afetados por problemas climáticos. O seguro seria pago por fornecedores de insumos e gerenciado pelo setor privado. Paulinelli vai levar o plano à presidenta Dilma Rousseff, e pedir uma legislação para regular o mercado.
Política
Ringue eleitoral
O clima de eleição antecipada entre PT e PSDB não se limita à corrida presidencial. No Paraná, o governador tucano Beto Richa e a ministra-chefe da Casa Civil, a petista Gleisi Hoffman, travam disputa pela hegemonia no Estado. Gleisi ampliou sua agenda na região, nos últimos meses, entregando recursos de programas federais diretamente aos prefeitos. O governador contra-ataca, marcando eventos nas mesmas cidades, alguns dias antes.
OMC
Campanha à toda
O embaixador Roberto Azevêdo, candidato brasileiro à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), levou a campanha à cúpula dos BRICS, na África do Sul. Ele participou de reuniões bilaterais da presidenta Dilma e de ministros. Azevêdo já visitou 46 países e, se sobreviver à primeira rodada de votações, entre os dias 2 e 9 de abril, vai continuar com o pé na estrada.
BRICS
Vem, FMI
Criado para se contrapor à supremacia dos países ricos nos organismos internacionais, o Banco dos BRICS não abandonou totalmente as entidades sediadas em Washington. Ainda em fase de constituição, o banco vai pedir ajuda do Fundo Monetário Internacional para montar sua estrutura de funcionamento.
Notas
Numa reunião em Brasília entre 16 governadores, para discutir os projetos sobre o pacto federativo em tramitação no Congresso, sete deles levantaram outro assunto, em tom de reclamação: a burocracia do Ministério da Fazenda para habilitar os Estados a receber os R$ 20 bilhões da linha Proinveste, do BNDES, criada no ano passado.
A intensa publicidade dos bancos públicos e privados incentivando os clientes a trocar suas dívidas mais caras por outras mais baratas parece ter dado certo. Dados do Banco Central divulgados na semana passada mostram que nos últimos 12 meses o crédito cresceu 16,8%. No cheque especial, o mais caro de todos, o crescimento foi de apenas 0,4%.
Colaboraram: Cristiano Zaia e Paulo Justus