11/06/2008 - 7:00
EM BUSCA DA REDUÇÃO dos custos e, conseqüentemente, do aumento dos lucros, as companhias aéreas têm como premissa voar com a capacidade máxima ocupada. Por isso, o Airbus A340-500 encomendado pela Singapore Airlines deixou muita gente de orelha em pé. Em vez de usar o espaço para 181 assentos, a empresa pediu uma aeronave com apenas 100 lugares. O pedido gerou dúvidas no mercado, mas o mistério durou pouco. A companhia anunciou a criação de aviões com assentos, exclusivamente, de classe executiva. ?Aumentando a capacidade de nossa classe executiva, oferecemos a mais clientes a oportunidade de provar nossos assentos premiados?, disse Huang Cheng Eng, vicepresidente executivo de marketing da Singapore Airlines. Por trás do discurso do executivo, se esconde uma ambiciosa estratégia: são menos assentos, mas a margem de lucro é bem maior. ?O custo de um vôo normal se paga só com a classe executiva cheia?, diz um executivo do setor. Imagine, então, um vôo inteiro de classe executiva.
Os novos vôos 100% executivos começam no fim de junho. Serão diários e farão o trajeto Singapura – Nova York. Em setembro, será lançado o vôo Singapura – Los Angeles. O avião inteiramente em classe executiva segue a linha da já consagrada business class da Singapore Airlines, lançada em outubro de 2007. O ambiente foi desenhado pela James Park Associates, consultoria de design inglesa especializada em transportes e responsável pela primeira classe da Malaysian Airlines e da Lufthansa. Além de beleza e conforto ? as poltronas reclinam 172 graus ?, há opções de entretenimento como uma carta de filmes, músicas e jogos, e uma gastronomia elaborada por renomados chefs. Enquanto os bilhetes da classe econômica saem por US$ 1,8 mil, os da executiva custam US$ 7,5 mil. Quem pagou tão caro pelo bilhete aprova. Afinal, dados do inglês Skytrax, instituto de pesquisas especializado em serviços aéreos, mostram que, em julho de 2007, ela foi eleita a companhia aérea do ano na opinião dos clientes.