Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu adiar para a terça-feira da próxima semana a votação da PEC dos Benefícios, ou PEC “kamikaze” para críticos, diante da falta de quórum.

O presidente acabava de anunciar o resultado de requerimento de encerramento de discussão, fase anterior à votação, aprovado por 303 votos a 91 dando uma amostra do sentimento do plenário e colocando em dúvida se a PEC receberia os votos exigidos. O painel marcava a presença de 427 deputados.

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Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a medida precisa obter, no mínimo, 308 votos nos dois turnos de votação.

“Não vou arriscar nem essa PEC nem a próxima PEC com esse quórum na Câmara hoje, 427”, disse Lira, em plenário.

“Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os trabalhos, antes convocando sessão deliberativa extraordinária para terça-feira”, informando que a PEC estará na pauta, assim como uma outra PEC que trata do piso da enfermagem.

A votação da PEC nesta quinta-feira foi questionada tanto por parlamentares da oposição, quanto por aqueles mais identificados com o campo liberal, que levantaram inconsistências de pontos regimentais, como o cumprimento de prazos de intervalo –o chamado interstício.

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