O vírus sincicial respiratório (VSR) foi responsável por mais de 100 mil mortes de crianças com até 5 anos em todo o mundo, no ano de 2019.

O levantamento feito por várias entidades médicas de países como China, Reino Unido, Suíça, Estados Unidos, Argentina e África do Sul consta na última edição da revista The Lancet e mostra a necessidade de desenvolvimento de vacinas e de outras estratégias eficazes de combate ao vírus. O VSR tem circulação comum no Brasil e pode causar bronquiolites.

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Em todo o ano de 2019, foram registrados 33 milhões de casos de infecção por VSR em crianças com até 5 anos, com 3,6 milhões de internações e 101.400 óbitos. O número representa que uma em cada 50 mortes nessa faixa etária teve a VSR como causa.

A situação é mais alarmante para crianças com até 6 meses de vida, com cerca de 6,6 milhões de casos e 45.700 óbitos.

A análise dos dados mostra também que mais de 97% das mortes atribuíveis ao VSR em todas as faixas etárias ocorreram em países de baixa e média renda, mostrando a falta de acesso e disponibilidade de atendimento em regiões menos desenvolvidas.

Dados pré-pandemia

As informações foram coletadas antes de surgirem os casos de Covid-19. Dessa forma, os autores destacaram que: “Não se sabe como a pandemia de COVID-19 pode afetar a carga da doença por RSV a longo prazo. Nossas estimativas podem servir como referência para entender a epidemiologia do RSV no contexto da pandemia de COVID-19 em andamento”.

Sintomas

A infecção pelo vírus sincicial respiratório pode ser assintomática ou com sintomas semelhantes de um resfriado comum. Em casos que a doença evolui, atinge bronquíolos, alvéolos e pulmões.

Nessa situação costuma-se verificar febre alta, muita tosse, dificuldade para respirar, adejo nasal, cianose labial e nas extremidades (lábios e unhas arroxeados), chiado no peito, falta de apetite e letargia.