(Arruma palavra no título, sem alteração no texto)

Por Shashwat Chauhan e Sukriti Gupta

(Reuters) – Os principais índices de Wall Street caíam e o S&P 500 recuava de máximas recordes nesta quarta-feira, com os investidores avaliando as últimas ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e aguardando a ata da reunião de janeiro do banco central.

Trump disse na terça-feira que pretende impor tarifas sobre automóveis “em torno de 25%”, juntamente com tarifas semelhantes sobre importações de semicondutores e produtos farmacêuticos.

Desde sua posse em janeiro, Trump impôs uma tarifa de 10% sobre todas as importações da China, além das taxas existentes. Ele também anunciou e adiou por um mês tarifas de 25% sobre produtos do México e importações fora do setor de energia do Canadá.

“Falar sobre tarifas não é o mesmo que implementá-las, e acho que vimos muita conversa no último mês e pouca coisa sobre a implementação”, disse Charlie Ripley, estrategista sênior de investimentos da Allianz Investment Management.

As tarifas de Trump geraram preocupações, com receios de que elas alimentariam a inflação nos EUA e pesariam sobre a posição do Federal Reserve quanto aos cortes na taxa de juros este ano.

A ata da reunião do banco central dos EUA de janeiro – em que os membros votantes decidiram manter os juros e o chair do Fed, Jerome Powell, disse que não haveria pressa em cortá-las novamente até que os dados de inflação e emprego tornassem isso apropriado – será divulgada às 16h (horário de Brasília).

“Com o risco de a inflação subir, bem como a situação das condições financeiras, o Fed não está realmente com pressa para cortar as taxas”, disse Ripley.

Atualmente, operadores veem pelo menos um corte de 25 pontos-base nos juros e uma chance de mais de 45% de uma redução adicional até dezembro, de acordo com dados da LSEG.

O Dow Jones Industrial Average caía 0,33%, para 44.407,61 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,22%, para 6.115,96 pontos, e o Nasdaq Composite tinha queda de 0,26%, a 19.989,15 pontos.

Oito dos 11 setores do S&P 500 eram negociados em baixa, com o setor de materiais liderando as quedas com perdas de 1,1%, enquanto o setor de energia subia 1,3% acompanhando o aumento dos preços do petróleo.

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