A WeWork fechou um acordo com o fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), da gestora Rio Bravo, sobre um imóvel que ocupa no bairro da Vila Madalena, em São Paulo. A empresa de escritórios compartilhados estava com aluguéis inadimplentes desde maio no condomínio pertencente a Rio Bravo, batizado de Girassol 555.

Com o acordo, foi suspensa uma ação de desejo contra a Wework, informa a assessoria da rio Bravo. Em nota, a WeWork afirma que suas “ações temporárias” buscam “acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado.” A empresa diz ainda que já chegou a acordos com locadores em mais da metade de suas unidades no Brasil.

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O acordo com a Rio Bravo estabelece que a WeWork desocupe um terço da área que ocupava. Estiveram envolvidos outros coproprietários do condomínio, do qual o fundo da Rio Bravo é dono de 35%.

O condomínio tem o total de três prédios — blocos A, B e C  — cada um com cinco andares. Assim, a empresa terá três obrigações:

  • Pagar em até 24 horas todos os aluguéis atrasados, sem o acréscimo de correção do valor ou multa;
  • Devolver o bloco C do Girassol 555 mobiliado pela WeWork, de forma a facilitar uma nova locação mais rápida pelo fundo da Rio Bravo;
  • Pagar multa de rescisão antecipada do bloco C, parcelada em três vezes ao longo de um semestre;

A negociação também estabeleceu um desconto por 12 meses no valor do aluguel dos blocos A e B do Girassol 555, de forma a facilitar os pagamentos pela WeWork.

A ação movida pela Rio Bravo não foi a única enfrentada pela WeWork neste ano. Outros pedidos de despejo foram feitos na justiça, como os divulgados pelos fundos imobiliários HBR Realty, Grupo Fator e Vinci Offices.