Após uma reunião com o Banco Central (BC), na quarta-feira, o chefe do WhatsApp, Will Cathcart, afirmou que está “animado” em retomar a solução de pagamentos no aplicativo, pertencente ao Facebook, no Brasil “o mais breve possível”.

Cathcart comentou o caso e o encontro com os representantes da autoridade monetária após a funcionalidade ter sido suspensa no País. O executivo destacou ainda que que há a intenção em aderir ao sistema de pagamentos instantâneos que está sendo desenvolvido pelo órgão regulador, o PIX.

“Ontem nos reunimos com as autoridades do Banco Central e estamos animados em permitir que os brasileiros enviem pagamentos seguros e sem dinheiro físico no WhatsApp o mais breve possível”, disse Cathcart.

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Ele afirmou ainda que o WhatsApp vai trabalhar em conjunto com os parceiros e as autoridades brasileiras para restaurar o serviço rapidamente. De acordo com Cathcart, o Banco Central expressou intenção de “encontrar um caminho” com as bandeiras de cartões Visa e Mastercard para que a solução de pagamentos continue a funcionar e ainda envolver outras autoridades para resolver eventuais dúvidas pendentes.

“O WhatsApp afirmou seu apoio a um modelo pró-competitivo e aberto para pagamentos e também seu compromisso em fornecer pagamentos via PIX tão logo o sistema esteja disponível”, revelou o chefe do aplicativo. “O Banco Central ressaltou que respalda plataformas como o WhatsApp que estão inovando em pagamentos digitais e criando novas maneiras de apoiar pessoas e pequenas empresas em todo o Brasil”, acrescentou.

Bloqueio 

As transações e pagamentos seriam realizadas por meio do Facebook Pay. No começo, os usuários poderiam utilizar cartões de débito e crédito das bandeiras Visa e Mastercard emitidos pelo Banco do Brasil, Nubank e Sicredi. Todos os pagamentos serão processados pela Cielo.

Em um segundo momento, a ideia do Facebook, dono do WhatsApp, era receber mais participantes.

No entanto, segundo nota do BC quando determinou a suspensão, a medida era necessária para que a autoridade avalie “eventuais riscos para o funcionamento adequado do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB)”.

A autoridade monetária também informou que “o eventual início ou continuidade das operações sem a prévia análise do Regulador poderia gerar danos irreparáveis ao SPB notadamente no que se refere à competição, eficiência e privacidade de dados”.