Em reunião realizada em Pequim, o presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, destacaram a importância da cooperação com a Espanha em um momento de crescente tensão comercial global. O encontro com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também serviu para reforçar a oposição das duas nações ao protecionismo e às tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Xi Jinping afirmou que “não há vencedores em uma guerra tarifária” e que confrontar o mundo apenas levaria a “isolamento”.

O líder chinês destacou que “a China não tem medo de qualquer tipo de repressão injusta”, reiterando a confiança do país em sua capacidade de manter um desenvolvimento econômico sustentável, mesmo diante das adversidades externas. “Devemos trabalhar juntos para promover a paz e a prosperidade”, acrescentou Xi.

Segundo comunicado do governo chinês, Qiang reforçou que a “China está disposta a trabalhar com a Espanha para manter uma abordagem aberta e pragmática diante da complexa situação internacional”. “Estamos comprometidos a expandir a colaboração em áreas emergentes, como inteligência artificial, economia digital e novas energias”, afirmou.

Sánchez destacou que a Espanha está “disposta a aproveitar esta oportunidade para fortalecer a cooperação com a China”. “A Espanha apoia o diálogo e a resolução de divergências por meio da negociação”, afirmou.

Xi ainda destacou que as tarifas dos EUA “prejudicam gravemente a ordem econômica e comercial internacional” e têm um impacto negativo significativo na economia global.

Qiang, por sua vez, reiterou que a China está disposta a “intensificar a comunicação e coordenação com a Espanha e a UE, defendendo o sistema multilateral de comércio centrado na Organização Mundial do Comércio”.

Os líderes também discutiram a ampliação da colaboração em áreas como cultura, educação, ciência e tecnologia, e turismo, com o objetivo de consolidar ainda mais os laços entre os dois países.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também deve visitar Pequim para uma cúpula com Xi no fim de julho, segundo o South China Morning Post.

*Com informações da Dow Jones Newswires