A Xiaomi lançou, nesta terça-feira 30, o smartphone que marca sua chegada ao Brasil. A companhia irá iniciar suas operações nacionais com o RedMi 2, um aparelho com aspectos de topo de linha, mas com preço de R$ 499. As vendas começam no dia 7 de julho.

O celular inteligente tem câmera de 8 megapixels, processador com quatro núcleos de processamento da Qualcomm, 8 gigabites de memória interna e tela de 4,7 polegadas. Além disso, tem espaço para dois chips que podem se conectar à rede 4G, um diferencial no mercado e na faixa de preço.

O aparelho será produzido no Brasil, pela taiwanesa Foxconn. Contudo, as primeiras unidades serão importadas da China, até que a produção nacional ganhe ritmo.

Além do celular, a Xiaomi também vai vender no País sua pulseira fitness Mi Band e seu carregador portátil Mi Power Bank, que vão custar, respectivamente, R$ 95 e R$ 99.

“Disruptando”
As vendas dos aparelhos da Xiaomi serão feitas exclusivamente por intermédio do site da empresa, inicialmente. No Brasil, as maior parte do comércio de smartphones ocorre por intermédio das operadoras e das grandes lojas do varejo. “Essa estratégia é nossa abordagem internacional para o mercado”, afirmou Barra. “Acredito que chegamos ‘disruptando'”

Por contar apenas com um smartphone no mercado e ainda não terem fechado parcerias com as operadoras, Barra evitou dividir projeções de vendas. “Costumamos não colocar essas metas, pois elas podem atrapalhar nosso desempenho”, disse. “Na Índia, vendemos 1 milhão de aparelhos em três meses. Se a gente tivesse colocado uma meta de 200 mil, talvez nossa operação não suportasse a demanda.”

Eu quero ser Apple
De calça jeans e camiseta preta, o brasileiro Hugo Barra comandou um evento direcionado, especialmente, para as centenas de fãs que foram até o Theatro Net, no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo, conhecer as novidades da empresa.

Todos eles receberam uma camiseta laranja, a cor da empresa, para deixar a plateia uniformizada. Nem mesmo o fato da peça ser de tamanho único, o que fazia com que não vestisse bem os mais magros ou os acima do peso, desanimou os presentes, que estavam eufóricos.

Como nos eventos da Apple, o barulho era grande. Quando o CEO e co-fundador, Jun Lei, apareceu em um vídeo de boas vindas, a plateia foi à loucura. No vídeo seguinte, o presidente e co-fundador, Bin Lin, apareceu de camiseta da Seleção Brasileira, autografada por Pelé, fazendo embaixadinhas. Outro momento de êxtase.

Barra apresentou o evento no ritmo que Steve Jobs usava nas apresentações da Apple – e que Tim Cook continua usando. A cada anúncio, dava espaço para que os presentes gritassem e aplaudissem. “Hoje é um evento para os fãs”, afirmou o executivo.

Simpático, o brasileiro ficou conversando e tirando fotos com a fila imensa de “Mi Fãs”, como foram batizados, após ao evento.