23/05/2018 - 16:02
São Paulo, 23 – A greve dos caminhoneiros contribui para a escassez e, consequentemente, a alta nos preços do milho nas praças paulistas, informou nesta quarta-feira, 23, a XP Investimentos, em seu relatório diário sobre a commodity. Em relação ao mercado do boi gordo, a consultoria comenta também, em relatório, que frigoríficos começam a tomar medidas provisórias enquanto o movimento não se define – a principal delas tem sido adiar os abates e as compras de animais. Sem negociações, várias praças do País ficaram sem referência de preços para a arroba do boi gordo.
Em relação ao milho, na praça de Campinas (SP), nesta quarta-feira, as ofertas de grãos, que já eram pequenas, são praticamente inexistentes, diz a XP. “A greve dos caminhoneiros causa lentidão e bloqueios em boa parte das vias de escoamento do milho e, desta maneira, os negócios ficam restritos ao imediatamente disponível (diferido).”
Com a escassez do cereal, pelo terceiro dia consecutivo a média de negócios com milho captada pela XP bateu recorde, ficando nesta quarta a R$ 43,93 (+R$ 0,63/dia)
Já quanto ao mercado físico do boi gordo, com a impossibilidade de transporte de animais e recuo dos compradores “as referências de preço que vigoravam estão suspensas e tudo indica que estes só voltarão ao mercado quando a situação se normalizar”, diz a XP. “Vale destacar que o comportamento não é exclusivo da praça paulista e acontece em toda a cadeia de proteína animal (vide a suspensão dos abates das cooperativas Aurora, Frimesa e C. Vale)”, continua.
A XP Investimentos aponta referência de R$ 138,35/@ (-R$ 0,10/@) à vista e livre do Funrural (1,5%) embora poucos negócios tenham sido consolidados.