Uma pesquisa feita por especialistas em sono na Austrália apontou que o uso do YouTube antes de dormir pode interferir negativamente no sono dos adolescentes.

O levantamento reuniu 700 jovens de 12 a 18 anos e perguntou quanto tempo eles passavam na frente de celulares, vídeo games e TV antes de dormirem. A cada 15 minutos na frente do YouTube, a chance dos jovens terem uma noite de sono de sete horas diminuía 24%. 

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“Queríamos saber se havia aplicativos específicos que as pessoas deveriam evitar, para que pudessem continuar usando seus dispositivos de maneira saudável e que não afetassem o sono”, disse o co-autor do estudo Michael Gradisar, chefe de ciência do sono do Sleep Cycle, em Adelaide. 

Ao contrário do YouTube, os jovens que estavam expostos à TV tradicional acabaram dormindo mais cedo. Gradisar acredita que isso acontece por conta deles terem uma relação diferente com a TV, onde eles só sentam e assistem e não interagem.

Também não são todos os aplicativos de celulares que prejudicam o sono. Gradistar afirmou que mães e pais devem fazer seus próprios estudos com seus filhos para saber quais os aplicativos que podem ajudar no sono. 

“Encontre algo que seja agradável para que você não desenvolva um relacionamento ruim com sua cama ou quarto. A tecnologia deve ser relaxante, mas também esteja ciente de que está controlando sua hora de dormir”, explicou Gradisar. 

De acordo com Alon Avidan, diretor do Centro de Distúrbios do Sono da UCLA, a falta de sono pode ser um caminho para o desenvolvimento de um quadro depressivo, além de prejudicar a concentração e o desempenho escolar dos jovens. 

Como colocar o sono nos eixos? 

Especialistas em sono acreditam que ter uma rotina noturna mais relaxante pode fazer com que o cérebro se acalme e você tenha um sono mais longo e tranquilo. 

“Criar uma rotina relaxante para dormir muitas vezes ajuda a vencer a privação do sono e a proporcionar uma boa noite de sono. Isso pode incluir tomar um banho quente, ler ou meditar. Deixe sua mente vagar pacificamente para dormir”, apontou um artigo do Hospital Cedars Sinai, de Los Angeles.